A Agência de espionagem da Coreia do Sul disse nesta quarta-feira (29) que o líder norte-coreano Kim Jong Un ordenou a execução de 15 funcionários este ano, acusados de desafiar sua autoridade.
Segundo o chefe do Serviço Nacional de Inteligência, Lee Byoung, um oficial norte-coreano, com um cargo comparado a de um vice-ministro na Coreia do Sul, foi executado em janeiro após questionar Kim sobre suas políticas de florestamento.
Em um caso semelhante, outro oficial foi executado em fevereiro após resistir aos planos de Kim de construir um edifício em forma de flor em homenagem ao seu avô, Kim Il Sung, fundador da Coreia do Norte.
O Serviço Nacional de Inteligência acredita também que a Coreia do Norte usou um pelotão de fuzilamento em março para executar quatro membros do alto escalão da famosa Orquestra Unhasu de Pyongyang, mas sem detalhar os motivos.
De acordo com o legislador Shin Kyoung Min, o chefe do Serviço Nacional de Inteligência disse também, em uma reunião com os demais legisladores a portas fechadas, que provavelmente Kim deve visitar a Rússia no próximo mês para participar do 70º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Lee Byoung não revelou como essas informações foram obtidas.
Desde que assumiu a liderança da Coreia do Norte, após a morte de seu pai Kim Jong Il em 2011, Kim removeu os principais membros da velha guarda através de uma série de expulsões. O processo foi marcado pela execução de seu tio em 2013, Jang Canção Thaek, que foi acusado de traição. Jang era casado com a irmã de Kim Jong Il e já foi considerado o segundo homem mais poderoso da Coreia do Norte.
Yang Moo-jin, especialista sobre a Coreia do Norte da Universidade de Seul, disse que as expulsões mostram a inexperiência de Kim Jong Un como um jovem ditador que está lutando para encontrar formas eficazes para controlar o seu regime. Fonte: Associated Press.
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