PHON PHEN - O corpo do ex-rei do Camboja Norodom Sihanuk, que morreu em Pequim, chegou nesta quarta-feira (17) a Phnom Penh, onde era esperado por uma grande multidão, que pretendia prestar uma homenagem ao homem que encarnou a história do país durante as sete últimas décadas.
O aeroporto da capital cambojana foi invadido por admiradores do soberano. Muitos subiram nos tetos dos automóveis para observar a pista.
O Camboja iniciou uma semana de luto nacional.
O funeral, que será grandioso e dentro da tradição do reino khmer, acontecerá dentro de três meses. Neste período, o corpo do falecido rei será exposto à população e pode ser embalsamado, segundo o príncipe Sisowath Thomico.
Sinahuk acompanhou as mudanças de seu país a partir da independência até a guerra civil, passando pela "época de ouro" dos anos 50 e 60 e o terror do Khmer Vermelho.
Os cambojanos parecem querer recordar apenas do melhor de um homem que, no entanto, foi muito duro com os adversários e não recuou em nenhum cálculo político, como quando se aliou ao regime de Pol Pot (1975-1979), responsável pela morte de dois milhões de pessoas.