Brasília – Convidados para a Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul, os presidentes Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia) confirmaram presença, no próximo dia 7. Correa e Morales negociam as adesões do Equador e da Bolívia ao bloco. As negociações ainda estão no começo, segundo diplomatas que acompanham o assunto, e há ainda um processo longo a ser percorrido.
Porém, com as articulações políticas avançadas, as demais etapas, como as avaliações técnicas e os detalhamentos, ocorrem naturalmente, de acordo com os diplomatas. Mas o processo leva tempo, em geral, anos. No caso da Venezuela, a inclusão no Mercosul começou a ser negociada em 2006 e só foi concluída em 2012.
A última etapa do processo de inclusão de um país no bloco é a assinatura do Protocolo de Adesão. O documento só é assinado depois de vencidas todas as etapas anteriores, como a definição dos aspectos técnicos, da nomenclatura, dos acordos e a aprovação do processo de ingresso pelos respectivos parlamentos – do país interessado em ingressar no bloco e dos membros titulares.
O Mercosul é formado pelo Brasil, pela Argentina, pelo Uruguai, pela Venezuela e pelo Paraguai – que está suspenso do bloco até abril de 2013. O Chile, o Equador, a Colômbia, o Peru e a Bolívia estão no grupo como países associados. Há ainda os membros observadores: o México e a Nova Zelândia.
Com a entrada da Venezuela, o Mercosul passou a reunir 270 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população da América do Sul, cujo Produto Interno Bruto (PIB) totaliza US$ 3,3 trilhões, aproximadamente 83,2% do PIB sul-americano, em um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados ou 72% da região.