SÃO PAULO - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes instalada na Câmara Municipal também deve investigar as planilhas de custos dos sistemas de metrô, trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e ônibus intermunicipais. A informação foi confirmada por integrantes da administração municipal e parlamentares na manhã desta sexta-feira (28).
De acordo com a emenda do pedido de CPI feita pelo vereador petista Paulo Fiorilo, a comissão vai analisar as planilhas do transporte público, sem especificar se do município ou Estado. Segundo parlamentares, será estudado, por exemplo, chamar responsáveis pelo transporte do Estado para depor.
Para os parlamentares, como o sistema de transporte de ônibus e vans é integrado ao do metrô, trens e ônibus intermunicipais, é impossível chegar a conclusões em relação aos custos sem analisar o sistema sob responsabilidade do governo estadual. Questionado pela reportagem sobre essa possibilidade, o secretário de Relações Governamentais, João Antonio, diz que, sendo um sistema integrado, é viável que a CPI faça um pente fino também nas planilhas do Estado.
A CPI foi instalada em sessão ontem após manobra da base governista do prefeito Fernando Haddad (PT). O grupo conseguiu derrubar uma CPI apresentada pelo opositor de Haddad, Ricardo Young (PPS). Com isso, o PT terá controle da CPI, indicando inclusive o relator, que é quem define quem será responsabilizado por eventuais irregularidades.
Relator
A presidência da CPI ficará com Fiorilo. Cotado para ser relator, o vereador Milton Leite (DEM), que é ligado a cooperativas de vans que têm permissão para atuar no município, pode ficar de fora. Após conversas entre os integrantes da CPI, o nome de Dalton Silvano (PV), ex-opositor na gestão Marta Suplicy (PT), ele hoje compõe a base aliada de Haddad.