O número de crimes e delitos registrados nos circuitos do carnaval de Salvador foi 28% menor do que o verificado no ano passado, segundo dados do governo baiano. Ao todo, foram registrados 828 casos durante os sete dias de festas - ante 1.150 na folia do ano passado. "Do ponto de vista do que é competência do Estado, foi o melhor carnaval dos últimos oito anos", comemorou o governador Jaques Wagner (PT).
Os dados foram refletidos nos números de atendimentos médicos realizados nos postos da Prefeitura e nas unidades de saúde do Estado, com redução, respectivamente, de 18% e de 30,8%. Os dados, porém, revelam que a grande subnotificação dos casos de agressão se mantêm. Os postos da Prefeitura, responsáveis pelo primeiro atendimento, receberam 879 pacientes feridos em agressões ocorridas nos circuitos, enquanto foram registrados 170 casos de lesões corporais pela polícia - ante 220 na folia do ano passado.
Segundo o governo, o sistema de segurança pública utilizado na festa é o mesmo que será adotado na Copa do Mundo. Os 21 mil policiais que trabalharam no evento contaram com o apoio de um sistema de monitoramento de 150 câmeras, operadas por agentes em dois postos de observação - um móvel, no Circuito Dodô (Barra-Ondina), e um fixo, no Centro Integrado de Gestão de Emergências, instalado no Parque Tecnológico da Bahia, a cerca de 30 quilômetros dos circuitos. Três helicópteros também foram usados no acompanhamento da festa.
Apesar disso, assim como no ano passado, foi registrado um homicídio nos circuitos da folia durante a festa. A vítima, identificada como Wellington de Jesus Santos, de 27 anos, foi morta a tiros no Circuito Osmar (Campo Grande), na madrugada de sábado. Em 2013, duas outras pessoas, vítimas de violência durante a festa, morreram nos dias seguintes ao carnaval.
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