Crítica e historiadora de arte Radha Abramo morre aos 85 anos

Antonio Gonçalves Filho - Agência Estado
25/07/2013 às 10:45.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:22

Conhecida pela atitude pioneira de encomendar obras de arte para as estações do Metrô de São Paulo, morreu na quarta-feira (24), aos 85 anos, de um enfarte do miocárdio, a crítica e historiadora de arte Radha Abramo. Atuante na imprensa nos anos 1970 e 1980, Radha sofria do mal de Alzheimer desde 2008 e estava internada numa clínica de repouso. Seu enterro será nesta quinta-feira, 24, às 11h30, no Cemitério da Consolação, em São Paulo.

Viúva do jornalista Cláudio Abramo (1923-1987), secretário de Redação do jornal "O Estado de S.Paulo" entre 1952 e 1963, com quem teve duas filhas, dividia com o marido a crença no poder da arte como atividade regeneradora da sociedade. Não por outra razão, seu trabalho como curadora teve como foco a arte produzida por nomes envolvidos com questões sociais. Como comissária adjunta da representação brasileira na Bienal de Veneza de 1986, por exemplo, ela selecionou artistas como a gravadora Renina Katz, cuja obra é marcada pelo engajamento político, levando ainda peças produzidas por comunidades indígenas, além de trabalhos do artista concreto Geraldo de Barros e Gastão Manoel Henrique.

Ela foi também curadora do acervo artístico do Palácio dos Bandeirantes (entre 1985 e 1998) e autora de vários livros de arte, como O Metrô de São Paulo: 1987-1991 - Tecnologia e Humanização, em coautoria com Marcello Glycério de Freitas, e Acervo Artístico Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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