O resgate de uma antiga técnica, o crochê, muito comum em Minas Gerais, se tornou sucesso na temporada do verão 2015. Com status de roupa fresca e que carrega certa dose de sensualidade, o crochê foi explorado por marcas do segmento praia e casual, além de estar presente nos acessórios femininos.
Para a proprietária da grife mineira Ammis, a estilista Ana Laura Penido, peças em crochê são versáteis. “O crochê pode transformar tanto um look básico em romântico quanto em superdespojado”, diz Ana Laura, que elegeu o body em crochê como carro-chefe da coleção verão 2015.
Biquínis e body em crochê subiram ao pódio nesta estação. Na Solli, o duas peças (com tingimento tie die e bordados em pedrarias) e as saídas de praia tiveram excelente aceitação junto à clientela. “Chegaram e logo acabaram na loja”, afirmou a gerente Ludmila Dias, acrescentando que a técnica faz parte do DNA da Solli. Para o próximo inverno, ela adianta que o crochê vai ganhar força em mangas de vestidos e detalhes como golas e até em almofadas (da linha Solli Home).
A carioca Maria Filó também se rendeu aos encantos do crochê. A marca, que sempre resgatou o aspecto feito a mão em suas criações, investiu em maquinário, para atender a demanda e criar tramas e pontos semelhantes ao crochê.
Para a diretora de criação da Maria Filó, Roberta Ribeiro, a procura pelo crochê ressuscita o desejo de ter uma peça única, especial, principalmente ao se levar em conta o crescimento do fenômeno fast fashion. “Têm importância para a cliente a identidade e a história das roupas, assim como o cuidado e o carinho na fabricação das peças”. Roberta sugere misturar crochê com jeans mais soltinho, como short detonado, para um visual urbano. “Como contraponto, body em crochê e pantalona”.
Ana Laura acredita que um vestido de crochê não precisa de muitos complementos, “um colar ou um brinco já é suficiente”.