Cruzeiro dá pontapé inicial no sonho de reconquistar a América

Rodrigo Rodrigues - Hoje em Dia
07/01/2014 às 10:00.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:11
 (André Brant)

(André Brant)

Caras diferentes, expressões conhecidas e um novo sonho. O tricampeonato brasileiro está marcado para sempre na história, e as imagens do título ainda martelam, de forma suave, no imaginário cruzeirense. No entanto, o futuro é o que importa. Escrever um novo capítulo será imprescindível, conquistar a América, uma obsessão.

Assim começa uma nova saga na Toca II, que voltou a respirar futebol, ontem, com a volta dos jogadores das férias. A primeira atividade no retorno não foi orientada pelo técnico Marcelo Oliveira.

Quem deu as boas-vindas ao grupo estrelado foi o presidente Gilvan de Pinho Tavares. Durante cerca de 30 minutos de reunião, o mandatário “contou” aos atletas seu sonho: o tricampeonato da Copa Libertadores. O clube foi campeão duas vezes do torneio sul-americano (1976 e 1997) e está fora da disputa desde 2011.

O diretor de Futebol, Alexandre Mattos, participou do encontro e reafirma que a temporada que se inicia é promissora. Na mesma proporção, a responsabilidade aumentou para todos na Toca.

“Falei para eles que hoje nossa responsabilidade é maior. No ano passado, era uma situação de esperar para ver o que ia dar. Havia a dúvida se os jogadores contratados iriam dar certo, teríamos que provar no dia a dia, jogo a jogo. Hoje, mudou. É o campeão brasileiro”, argumenta.

“Mas os jogadores já não estão satisfeitos só com o Brasileiro. Querem a Libertadores, o Mundial, querem o Brasileiro de novo. É gostoso e vamos trabalhar por isso”, acrescenta Mattos.

Novidades

Para recomeçar o trabalho, o técnico Marcelo Oliveira contará com praticamente todo o grupo do ano passado e mais quatro reforços: Marlone (meia), ex-Vasco; Miguel Samudio (lateral-esquerdo), ex-Libertad (PAR); Rodrigo Souza (volante), ex-Boa; e Vilson (zagueiro), ex-Palmeiras.

Todos já foram integrados, e a apresentação oficial deve ocorrer nesta semana. “São jogadores que analisamos muito. Jovens, mas com experiência interessante, e temos a convicção de que podem nos ajudar bastante”, avalia Mattos.
O atacante Marcelo Moreno depende de liberação do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, para ser anunciado. “Ainda não temos uma definição. Já conversamos muito com o Moreno, com o Grêmio, e existe a possibilidade. Contudo, é uma situação que o Cruzeiro não pode entrar. Tem que ser resolvida entre o Grêmio e o parceiro dele, mas está tudo caminhando para a vinda”, explica o dirigente.

Se o negócio com o boliviano não se concretizar, a Raposa pode ir atrás de outro nome para o ataque. “Não vamos esperar tanto. Caso ele (Marcelo Moreno) não venha e identificarmos um jogador que possa agregar, vamos tentar. Mas temos que respeitar o Borges e o Vinícius Araújo, pois acreditamos muito neles. Além disso, há outros jogadores, como Ricardo Goulart e o Júlio Baptista, que podem exercer a função”, comenta.

Elenco

O atacante Luan ficará por mais um ano na Toca II. Na temporada passada, ele vestiu a camisa estrelada, tendo sido emprestado pelo Palmeiras.

Em contrapartida, o zagueiro Victorino está fazendo o caminho inverso e depende somente de aprovação nos exames médicos e pequenos acertos para defender o Verdão em 2014. O mesmo destino pode seguir o atacante Anselmo Ramon, que também interessa a outro clube.

A permanência de Luan está relacionada à ida do zagueiro uruguaio para São Paulo. “O Victorino foi liberado e viajou hoje (segunda-feira, 6) para conversar com o Palmeiras. Entre os clubes está tudo certo. O Anselmo Ramon também vai respirar novos ares, mas o Cruzeiro não está se livrando de ninguém. É um ativo do clube que precisa ser valorizado”, diz Alexandre Mattos.

Dos dez jogadores que voltam de empréstimo, apenas o lateral Diego Renan e o meio-campo Pedro Ken têm chance de ficar no Cruzeiro. “A situação deles está sendo analisada e deve ser resolvida hoje (segunda) ou amanhã (terça, 7)”, esclarece Mattos.

Os demais não ficarão no clube e serão emprestados novamente: Rafael Donato (zagueiro), Gilson (lateral-esquerdo), Uelliton e Charles (volantes), Ananias, Léo Bonatini e Ernesto Farías (atacantes).

“Respeitamos cada profissional e não existe a palavra ‘barca’. É uma saída natural, de um ajuste que acontece em todas as equipes, ano a ano”, ressalta o dirigente da Raposa. 

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