Cúpula europeia sobre orçamento é aberta

AFP
22/11/2012 às 21:25.
Atualizado em 21/11/2021 às 18:32

(John Thys/AFP)

BRUXELAS - A reunião de cúpula de chefes de Estado e governo da União Europeia (UE) sobre o orçamento plurianual comunitário foi aberta oficialmente às 23h GMT, em Bruxelas, marcada por divisões entre os sócios que tornam seu resultado incerto. "Temos que trabalhar para fechar um acordo que leve em conta os interesses europeus, além dos interesses nacionais. Acredito que esteja ao nosso alcance", disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, ao iniciar a reunião.

A abertura oficial atrasou três horas devido a numerosas reuniões bilaterais entre os líderes,que devem negociar intensamente para obter um orçamento de consenso para o período 2014-2020.

Segundo uma fonte europeia, Van Rompuy, que recebeu as 27 delegações, irá apresentar uma nova proposta - tentando reunir todas as exigências - para ser discutida, após ter reduzido em 80 bilhões de euros o plano inicial, de mais de 1 trilhão, da Comissão Europeia.

Os dirigentes estão divididos entre duas posições opostas: a dos contribuintes, que pedem para gastar menos, e a dos países que resistem a perder a ajuda europeia em tempos de crise. A postura mais exigente é a do premier britânico, David Cameron, que chegou com um mandato de seu parlamento para exigir cortes em relação ao orçamento plurianual que vai até 2013.

Cameron ameaça há semanas vetar a proposta caso não se chegue ao menos a um congelamento em termos reais — ou seja, um aumento limitado únicamente à inflação — com relação ao orçamento 2007-2013.

A chanceler alemã, Angela Merkel, cujo país é o que mais contribui com o orçamento europeu, indicou, ao chegar a Bruxelas, que cada dirigente europeu terá que mostrar sua "disposição para obter um compromisso, e ser capaz de ceder" para que se chegue a um acordo.

Merkel não descartou a necessidade de outra reunião de cúpula para que se obtenha um consenso, o que também contemplaram outros líderes, como o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, que declarou que isto "não seria nenhum drama".

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