Depois de Berro Norte, preço pago ao produtor pelo quilo do ovino atrai produtores

Jornal O Norte
05/10/2007 às 17:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:19

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Cadeia produtiva da ovinocaprinocultura se une para saber como anda sua organização para fortalecer as bases. No Norte de Minas, sete núcleos trabalham pela estruturação da cadeia e têm discutido com órgãos como o Sebrae e a Codevasf como estão sendo executadas as ações para o desenvolvimento e quais serão as que vão reger o setor em 2008.

Segundo Geraldo Magela Noronha, coordenador do projeto Aprisco, na região de Montes Claros ainda há muita demanda e pouca oferta da carne de ovinos e caprinos. Isso se deve, em sua visão, à insegurança dos produtores em produzir uma raça diferente, já que estão acostumados a criar gado na região.




Só em 2207 a Codevasf dispôs de R$ 447 mil para aplicar em melhoramento genético dos animais
, assistência técnica e inseminação artificial nas fazendas (foto: Wilson Medeiros)

- Não há uma propriedade que tenha apenas ovinos e caprinos na região. Os produtores só criam se tiver um espaço sobrando em sua fazenda. Ainda não tratam a atividade como negócio, como fazem com a bovinocultura, mesmo quando a crise assombra no preço da arroba - diz.

A pauta das reuniões tem sido sobre o andamento dos projetos que devem entrar em vigor no próximo ano. Um deles, que conta com a parceria da Codevasf, pretende dispor de um laboratório móvel para fazer exames de fezes dos animais nas propriedades. Segundo a presidente Maria Idalina Almeida, o que a Associação dos criadores de caprinos e ovinos do Norte de Minas tem comemorado foi ter ganhado do Ministério da Integração Nacional cerca de sete motocicletas para facilitar as visitas técnicas dos agentes de desenvolvimento rural.

Hoje na região há alguns pilares que tomam conta dos arranjos produtivos da ovinocaprinocultura, Caprivale, Accomontes, Ascovs - Associação dos criadores de ovinos e caprinos do Vale do São Francisco, Banco do Nordeste, Codevasf, Sebrae, produtores, entre outros.

SELO

No ano passado, segundo a Accomontes, uma conquista foi o selo Berro Norte, que hoje leva a marca dos produtores da região. Em 2007, a Codevasf dispôs de cerca de R$ 447 mil para aplicar em melhoramento genético dos animais, assistência técnica, inseminação artificial nas fazendas, assistência veterinária e unidade móvel para feitura de exames laboratoriais.

- Vivemos numa região pobre e é preciso acreditar que há espaço no mercado para a carne nobre de ovinos e caprinos. Pensamos que daqui a uns 10 anos teremos a cadeia produtiva da ovinocaprinocultura estabilizada e dentro do mercado competitivo, como tem acontecido aos poucos. Depois do selo, nossas vendas melhoraram - garante Idalina.

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