Descubra o que o telefone celular e a astronáutica têm em comum

Franciele Xavier - Do Hoje em Dia
17/02/2013 às 08:34.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:03
 (Divulgação)

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Um bate-papo rápido com o segundo homem a pisar na Lua na clássica expedição Apolo 11, em 1969, deixou nossa reportagem com a pulga atrás da orelha: será mesmo que Marte pode ser um planeta povoado? Ex-militar de 83 anos e dono de um diploma em Astronáutica no Instituto de Tecnologia Massachusetts (MIT, em inglês), Edwin Eugene “Buzz” Aldrin esteve no Brasil para participar de uma feira tecnológica, em São Paulo, e conversou com o Hoje em Dia.

Aldrin falou sobre os investimentos dos Estados Unidos e da Rússia em programas espaciais, capacidade dos jovens se enveredarem pelos caminhos da ciência e do que espera de um futuro próximo.

Como você avalia os atuais investimentos dos Estados Unidos em programas espaciais?

É importante as pessoas saberem que investimentos em programas espaciais não estão ligados apenas a naves, foguetes e exploração de territórios não terráqueos. Se não existisse esses estudos, por exemplo, não haveria telefones celulares e outros aparelhos. Infelizmente, hoje vejo que o país (EUA) tem tecnologias suficiente para direcionar outras missões, mas não está muito disposto a gastar com isso.

Você vai lançar um livro sobre expedições a Marte. O que podemos esperar?

Acredito que Marte seja um dos locais mais atrativos para se viver e, até 2040, ele estará povoado. Estou disposto a ajudar a primeira equipe a pousar lá. Sempre achei que ele deveria ser o foco das missões seguintes às da Lua e sonhei em ir pra lá, mas não consegui.

Como seria essa expedição?

As espaçonaves teriam que aproveitar os momentos em que Marte fica mais próximo da Terra para se revezarem, deixar e buscar as tripulações. Os trajetos seriam cíclicos, entre as órbitas dos dois planetas, e cada equipe de astronautas ficaria meses longe da terra. Exatamente como acontece com a Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês).

Conte um pouco sobre a experiência de viajar à Lua?

Para embarcar no foguete, pegamos um elevador e subimos cerca de 360 pés de altura. Depois de dada a partida, foi um misto de sensações. Vi o sol nascer e pensei no quanto a minha vida era maravilhosa, mas que até então não tinha estado em um lugar tão certo para mim: o espaço. A viagem durou oito dias e ficamos aproximadamente 11 minutos procurando um terreno para pousar. Esse foi o momento mais delicado da missão.

E por que você não foi o primeiro a pisar na Lua?

Bem, pode ser porque o (Neil) Armstrong era o chefe da expedição ou porque ele estava mais perto da porta. Vai saber...

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