Desemprego na Eurozona bate recorde, 11,4% em agosto

AFP
01/10/2012 às 07:57.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:42

BRUXELAS - O desemprego na Eurozona bateu recorde em agosto, a 11,4%, arrastado pela Espanha, onde o índice foi de 25,1%, anunciou a agência oficial de estatísticas Eurostat.

Em agosto, o desemprego alcançou 11,4% (18,196 milhões de pessoas) na zona do euro, contra 11,3% em julho, segundo a Eurostat. A Espanha registrou taxa de 25,1% e ficou à frente da Grécia (24,4%, segundo os últimos dados disponíveis de junho).

O resultado equivale a um aumento de 1,2% na comparação com o resultado no mesmo mês em 2011 (10,2%).

Este é o 16º mês consecutivo no qual o desemprego supera 10% da população ativa no bloco, integrado por 17 países.

Entre os países da zona do euro, a Áustria tem a menor taxa de desemprego (4,5%). Em seguida aparecem Luxemburgo (5,2%), Holanda (5,3%) e Alemanha (5,5%).

Em agosto, 18,196 milhões de pessoas estavam sem trabalho na Eurozona, 34.000 a mais que em julho.

Ao mesmo tempo, 25,466 milhões de pessoas estavam desempregadas em agosto na União Europeia (UE), o que equivale a um aumento mensal de 49.000 pessoas.

Os números são devastadores no momento em que vários países aplicam medidas de austeridade exigidas por Bruxelas para sair de uma prolongada crise da dívida. Na semana passada, a Espanha viveu dias agitados, com manifestações contra a austeridade e o anúncio de eleições antecipadas na Catalunha, uma das mais ricas das 17 comunidades autônomas espanholas.

Antigo motor econômico da Espanha, a Catalunha tem uma dívida de quase 44 bilhões de euros, o que equivale a 22% do Produto Interno Bruto (PIB).

A Espanha, quarta economia da zona do euro (12% de seu PIB), está sob pressão dos mercados e de alguns sócios europeus para pedir um grande resgate de sua economia, mas o governo de Madri afirma que ainda não tomou uma decisão a respeito, por temer as rígidas condições que seriam impostas.

Na semana passada, o governo de Mariano Rajoy apresentou um projeto de orçamento austero para 2013 e o plano de reformas, muito criticados pela população.

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