(Ben Stansall/AFP)
Responsável pela segunda medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos, Arthur Zanetti apresenta um amor antigo pela ginástica: pratica a modalidade desde os sete anos. E o seu talento para brilhar nas argolas, aparelho que lhe rendeu o primeiro lugar em Londres nesta segunda-feira, também vem desde a infância.
"Com nove ou dez anos de idade ele já nos dizia que queria ser campeão das argolas como ocorreu hoje", afirma Maria Salete Meneguello, coordenadora da escola ginástica da Sociedade Esportiva Recreativa Cultural Santa Maria (Serc), clube da cidade de São Caetano do Sul em que o novo ídolo brasileiro treina e teve a sua formação.
Maria Salete Meneguello acompanhou de perto a evolução de Arthur Zanetti na Serc. As primeiras competições realizadas mostraram a propensão do ginasta, atualmente com 22 anos, para grandes resultados nas argolas. No aparelho, ele já havia sido vice-campeão mundial em 2011.
"Ele tem um biótipo diferenciado, é pequeno (apenas 1m56 e 63 quilos), mas tem bastante força. Então, é normal ele se destacar em alguns aparelhos. A partir do momento em que conseguiu melhores resultados nas argolas, passou a priorizar este aparelho", explica a coordenadora da escola ginástica do Serc.
O caminho até o ouro é, porém, cercado de obstáculos. Durante a formação, Arthur Zanetti compreendeu a necessidade de aliar o seu talento à determinação, sem economizar energias nos treinos. Agora, o brasileiro entra para a história com a primeira conquista olímpica em seu esporte para o País.
"Ele é um menino extremamente dedicado, disciplinado, centrado, nós tínhamos confiança de que ele iria buscar essa medalha em Londres", confirma Maria Salete Meneguello.
O suporte recebido por Arthur Zanetti na carreira é mais um segredo para o resultado em Londres. Maria Salete Meneguello considera o ginasta "abençoado por Deus" por contar com uma "ótima estrutura familiar".