Dia de campo discute cultura do abacaxi no Norte de Minas

Jornal O Norte
25/04/2008 às 11:52.
Atualizado em 15/11/2021 às 07:31

Valéria Esteves


Repórter

Dia de campo fala sobre a cultura do abacaxizeiro no Norte de Minas. O evento aconteceu na fazenda experimental de Mocambinho Projeto Jaíba, onde se reuniram produtores, estudantes e interessados em conhecer mais sobre a cultura. Conforme pesquisas da Epamig- Empresa de Pesquisas agropecuárias de Minas Gerais, a cultura do abacaxi se apresenta como uma alternativa de produção para a região, o que levou à condução de vários trabalhos durante a década de 1990, principalmente no Perímetro Irrigado de Jaíba.

Segundo o pesquisador Dilermando Pacheco, o Brasil produziu 1.528,3 milhões de unidades de frutos de abacaxi em 2005 cultivado em todas as regiões do país, segundo informações do IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Minas Gerais, que por vários anos foi o maior produtor nacional, em 2005 ficou na terceira posição, com 222,9 milhões de frutos produzidos, o que representa 14,6% da produção nacional.

- Os trabalhos de pesquisa com a cultura no Norte de Minas mostraram que essa se adaptou bem às condições climáticas locais. Apesar das tecnologias desenvolvidas e da boa adaptação da cultura à região, a abacaxicultura não despertou maior interesse na comunidade local, cenário este que está mudando em vista da chegada de empresas processadoras de frutas à região - afirma. 

Quem também tem plantado abacaxi em larga escala no Jaíba é a Pomar Brasil, agroindústria instalada no local com o fim de plantar frutas para produção de suco in natura com o intuito de exportar os produtos para União Européia. Vale lembrar que o limão produzido no Projeto Jaíba também tem sido exportado para o continente europeu há alguns anos.

A literatura diz que o direcionamento da abacaxicultura para regiões semi-áridas, onde a irrigação é imprescindível para a garantia de boas produções (tanto do ponto de vista quantitativo, como qualitativo), pode ser também motivada pelo fato de que as condições climáticas no ambiente semi-árido são menos favoráveis à incidência da fusariose (Fusarium subglutinans), constituindo-se num fato auxiliar valioso para o controle daquela que é a mais importante doença do abacaxizeiro no Brasil.

Segundo Rômulo Marques, da Propec consultoria, a cultura do abacaxi necessita de uma tecnologia de ponta e, portanto, várias pesquisas precisam ser geradas a fim de solucionar os gargalos ainda encontrados nessa cultura, inclusive as pragas. A Pomar tem plantado uma variedade diferente, uma espécie sem muitos espinhos, se essa for a forma correta de designar a variedade. O fato é que tem dado certo até o momento, conforme os diretores dessa empresa.

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