Dia de homenagens aos 49 mortos no ataque de Orlando há um ano

Agence France-Presse
Hoje em Dia - Belo Horizonte
12/06/2017 às 13:18.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:02
 (JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

(JOE RAEDLE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP)

Centenas de pessoas se reuniram nas primeiras horas desta segunda-feira (12) em frente à boate Pulse, marcando assim um dia de homenagens às 49 vítimas do massacre em Orlando, na Flórida.

Há exatamente um ano, em 12 de junho de 2016, o americano Omar Mateen entrou na boate atirando contra as pessoas deixando, além das vítimas fatais, 58 feridos. O ataque foi cometido em nome do grupo extremista Estado Islâmico (EI). Depois de três horas, foi morto pela polícia.

O local, prestes a se tornar um museu, abriu suas portas nesta segunda-feira às 02H00 (locais) aos familiares das vítimas e sobreviventes do ataque, em uma cerimônia privada na presença das autoridades da cidade.

"Não importa o quão escura é a noite, o sol sempre volta a brilhar", declarou o prefeito de Orlando durante o encontro.

Do lado de fora, em frente ao bar rodeado de faixas com as cores do arco-íris, retratos das vítimas, velas, flores e ursinhos de pelúcia, centenas de pessoas prestavam homenagem às vítimas do tiroteio mais mortal da história recente dos Estados Unidos.

Dezenas de voluntários vestidos de anjos, com asas de PVC e telas brancas, cercavam o local segurando velas. O "Exército dos Anjos" nasceu dias depois do ataque, para proteger as pessoas de luto dos manifestantes anti-gay.

"O único ponto positivo que podemos tirar de tudo isso é a enorme quantidade de amor e preocupação que recebemos", declarou ao canal WFTV Viviana Torche, que participava da homenagem.

Christopher Hansen, também presente, disse ao jornal local Orlando Sentinel que conseguiu escapar da boate na noite do ataque e que permaneceu do lado de fora para ajudar os feridos.

"A emoção é grande demais para colocar em palavras. Voltei aqui várias vezes, mas hoje é diferente", disse ao jornal. "É bonito de ver todas essas pessoas aqui para apoiar, lembrar e prestar homenagem a suas vidas."

Orlando Unida

As autoridades locais declararam esta segunda-feira "Dia de Orlando Unida" e o governador da Flórida, Rick Scott, proclamou 12 de junho o "Dia da Memória da Pulse", ordenando bandeiras a meio pau em todo o estado.

Scott visitou a boate nesta manhã, onde observou um minuto de silêncio. 

"Este foi um ataque contra Orlando, nosso estado, contra a comunidade hispânica e a comunidade LGBT. Deixou um impacto que nós carregaremos conosco pelo resto de nossas vidas", afirmou Scott na sexta-feira (9).

A maioria das vítimas era de Porto Rico.

Na região metropolitana de Orlando vivem 2,3 milhões de pessoas. Uma em cada quatro é de origem hispânica, e metade dos hispânicos são porto-riquenhos (cerca de 320.000), de acordo com o censo americano.

Espera-se que milhares de pessoas se reúnam em torno do lago Eola, no centro de Orlando, em uma vigília a partir das 19H00 (20H00 de Brasília).

Na cerimônia os nomes das vítimas serão lidos e a cantora Olga Tañón e o Gay Choir de Orlando vão se apresentar.

Mais tarde, às 22h00 (23h00 de Brasília), será encerrado o dia de homenagens com outra cerimônia em frente à boate Pulse.

Terapeutas do Centro de Assistência Orlando Unida, identificados com camisas amarelas, prestam assistência psicológica nas várias homenagens. Também foram mobilizados cães terapêuticos treinados para dar conforto.

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