O dólar seguiu a escalada rumo a R$ 2,80 com o pessimismo dos investidores em relação à desaceleração na China, recrudescimento da crise na Grécia, além dos efeitos no Brasil da operação Lava Jato e dos racionamentos de energia e água.
A moeda americana terminou o dia a R$ 2,779 no câmbio à vista (referência no mercado financeiro), o maior valor desde os R$ 2,78 de 9 de dezembro de 2004. Pela manhã, a moeda americana chegou a bater em R$ 2,799.
Já o dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, fechou estável em R$ 2,778, após alcançar a máxima de R$ 2,798. É o maior nível desde 9 de dezembro de 2004, quando encerrou a R$ 2,781.
Para Fábio Lemos, da São Paulo Investments, a alta do dólar foi influenciada pela piora da perspectiva para a crise grega (o novo governo quer rever medidas de austeridade e reluta em renegociar a dívida) e do aumento da renda em janeiro nos EUA.
"A alta do petróleo e a melhora do salário podem causar inflação e motivar um aumento mais cedo dos juros."
A Bolsa fechou com alta de 1,21% no Ibovespa, principal índice do mercado de ações, que atingiu 49.382 pontos.
A valorização das ações de siderúrgicas e da Vale sustentou a alta da Bolsa, com a expectativa de que a China adote medidas de estímulo após as exportações recuarem 3,3% em janeiro, em relação ao mesmo mês de 2014.
Os papéis preferenciais (sem voto) da Usiminas lideraram os ganhos, com alta de 8,76%. As ações da CSN subiram 8,73% e os papéis preferenciais da Vale, 4,49%.
As ações da Petrobras, que começaram o dia em baixa de até 4%, subiram com a recuperação do petróleo. Os papéis preferenciais tiveram alta de 1,75% e voltaram a R$ 9,28, enquanto os ordinários (sem voto) subiram 1,88% para R$ 9,20.
O barril do tipo crusubiu 2,01% em Nova York, encerrando a US$ 52,73.