É preciso fazer um bom marketing do produto a partir da higiene

Jornal O Norte
16/10/2007 às 10:51.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:19

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Em tempo de hortaliças, vale uma boa pesquisa de mercado para colocar variedades na cesta. Apesar de o preço do chuchu ter sofrido uma queda de até R$ 3 na Ceanorte - Central de abastecimento do Norte de Minas, os produtores dizem que com o preço da semana (R$ 10) as vendas ainda são favoráveis.

Para o produtor José Ivan Leite Ferreira, que tem pouco mais que um hectare plantado de chuchu, o negócio é ser bom comerciante, além de bom produtor. Ele, que mora na fazenda Santa Maria, a 30 km de Montes Claros, traz todas as quartas-feiras dezenas de caixas de aproximadamente 22 kg de chuchu, que são vendidas a consumidores de Janaúba, Juramento, Francisco Sá, Coração de Jesus, entre outros.




(foto: WILSON MEDEIROS)

No ramo desde os 7 anos de idade, Ivan diz que com a atividade de produtor rural tem conseguido alimentar sua família e ainda pagar os gastos que tem para trazer sua mercadoria para Montes Claros. Por semana, ele gasta de R$ 300 a R$ 400 no translado fazenda à Ceanorte.

- O que o produtor deve saber é que, para sair lucrando na venda de seus produtos, é preciso cortar custos e investir em tecnologia. Às vezes é melhor comprar a prazo do que pagar poucos reais a menos no preço à vista. O tempo me ensinou a comprar o melhor adubo, porque se o produtor não souber, fica difícil sair ganhando nesse negócio de produzir e vender.

O técnico em agropecuária da Emater regional, José Arcanjo Marques, informou à reportagem de O NORTE que o tempo é bom para agricultura irrigada. Há, segundo ele, uma maior variedade de produtos e a procura pelo melhor preço e melhores condições sanitárias é que conquistam o consumidor. O Norte de Minas está passando por baixas umidades do ar devido falta de chuvas e o uso de fertilizantes é controlado, já que nesse período os fabricantes produzem menos, segundo Arcanjo. Dos meses de setembro em diante é que, devido a valorização do dólar, os fertilizantes voltam ao mercado nacional com intensidade, período que também se intensificam os plantios da cultura das águas na região e em boa parte do Brasil.

O técnico lembra que os produtores devem se ater ao marketing de seu produto. Como o apresenta para o consumidor.

- Aqui há muita coisa errada ainda. Por exemplo, algumas pessoas ainda trazem mandioca em saco de adubo e algumas caixas são amarradas com bambu, entre outras coisas. As pessoas compram reparando na higienização e na boa aparência e qualidade - alerta.

O plantio de hortaliças tem crescido na região e os agricultores familiares encontram nessa atividade mais uma maneira de se alimentar e uma fonte de renda nesse tempo em que não se planta muita coisa seguindo os métodos naturais, como a espera da chuva.

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