A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) vai reivindicar a ampliação dos segmentos beneficiados pela desoneração da folha de pagamentos promovida pelo governo federal no âmbito do plano Brasil Maior. De acordo com Humberto Barbato, presidente da associação, fabricantes do setor começaram a aumentar o interesse em relação à iniciativa de desonerar a folha de pagamentos. "Muitas empresas levaram mais tempo para fazer as contas e agora chegaram à conclusão de que a desoneração é interessante. Vamos ver se é possível ampliar a lista de beneficiados", explicou Barbato, antes de participar de encontro da Confederação Nacional da Indústria (CNI) organizado para avaliar os resultados do plano Brasil Maior e apresentar sugestões que serão encaminhadas ao governo.
A medida do governo prevê a desoneração do recolhimento da alíquota patronal de 20% destinada ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em troca de uma contribuição entre 1% e 2% sobre o faturamento da empresa. Em muitos casos, dependendo da intensidade do uso de mão de obra, a medida pode reduzir ou não os custos das empresas. De acordo com Barbato, atualmente 120 produtos são favorecidos pela medida do governo. A ideia é ampliar essa lista, mas o dirigente ainda não sabe para quanto no total.
Vendas
Barbato aproveitou para reforçar que as vendas do setor elétrico e eletrônico continuam fracas no mercado interno e os empresários ainda estão cautelosos em relação ao ambiente econômico. Além disso, o dirigente ressaltou que as vendas externas também estão sendo prejudicadas por problemas pontuais como o que vem sendo observado na Argentina, onde há um movimento de protecionismo em relação a produtos importados.
"Nós estamos apostando agora na abertura de mercados, como países do norte da África e outros que não estão inseridos na Organização Mundial do Comércio (OMC)", afirmou.
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