(Arquivo Hoje em Dia)
A concessão de isenção de sobretaxas pelos Estados Unidos para as importações de aço do Brasil até o início de maio e a retomada da economia brasileira, sinalizada nos dados de produção e venda no primeiro bimestre, colocaram o setor de siderurgia no foco dos investidores. Apesar do noticiário favorável, no entanto, as ações preferenciais da Usiminas acumulam queda de 11,12% em março, enquanto os papéis ordinários da CSN têm perdas de 15,57%.
A Casa Branca confirmou que vai conceder ao Brasil isenção da tarifa de 25% às importações de aço e 10% para as de alumínio até 1.º de maio. A barreira comercial está suspensa também para Argentina, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, México e membros da União Europeia. Segundo a Casa Branca, Donald Trump vai decidir até o fim de abril se a pausa nas restrições comerciais será permanente.
Para o analista Carlos Soares, da Magliano Investimentos, mesmo com a isenção da taxa aos produtos siderúrgicos brasileiros, a taxação das importações nos Estados Unidos traz um risco de desvio de oferta de itens sobretaxados pelos americanos para o nosso mercado e que poderiam afetar os preços praticados internamente. "Seguimos atentos aos desdobramentos das negociações envolvendo as medidas anunciadas recentemente pelo governo americano."
Em alta
A produção brasileira de aço bruto em fevereiro somou 2,714 milhões de toneladas, alta de 5,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados esta semana pelo Instituto Aço Brasil (IABr). No bimestre, o volume chegou em 5,58 milhões de toneladas e avançou 3,3%. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 3,2 milhões de toneladas no primeiro bimestre de 2018, alta de 12,6%.
O setor de distribuição do produto também divulgou seus números na semana passada. As compras de aço plano feitas pela rede de distribuição em fevereiro nas siderúrgicas subiram 16% em relação ao mesmo mês do ano passado, para 257,8 mil toneladas, segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda).
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