O Sindicato dos Nacional dos Aeronautas (SNA) decidiu durante uma assembleia na quarta-feira (14) que vai interromper todas as decolagens previstas para ocorrerem na próxima quinta-feira (22) das 6h às 7h. A categoria de comandantes, copilotos e comissários considerou "inaceitável" a proposta das empresas de reajuste salarial e condições de trabalho. A categoria informou que a paralisação será nacional e continuará por tempo indeterminado e pode ser intensificada. Os aeronautas querem um aumento de 8,5%, enquanto o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas) oferece 6,5% --0,17% acima da inflação. Os aeronautas reivindicam, entre outras coisas, escalas de trabalho que gerenciem o risco de fadiga dos tripulantes, limitação dos períodos de trabalho nas madrugadas e jornadas menos extensas, condições que afetam diretamente a segurança de voo e a qualidade de vida destes trabalhadores. "Nosso objetivo não é apenas financeiro. As reivindicações sociais, relacionadas a escalas e jornadas de trabalho justas, são tão importantes quanto as econômicas", disse o presidente do SNA, Adriano Castanho. A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informou que as negociações continuam e que haverá uma nova reunião nesta sexta-feira (16). De acordo com ela, foi oferecido ainda um aumento de 7% no vale alimentação e um reajuste de 11% na apólice do seguro de vida. A associação afirmou ainda que cerca de 70% das cláusulas propostas pelos funcionários foram aceitas integralmente ou parcialmente.