Alimentos voltam a ficar mais caros e pressionam inflação da baixa renda

Estadão Conteúdo
05/01/2017 às 09:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:19

(Maurício de Souza/Arquivo Hoje em Dia)

Após meses de trégua, os alimentos voltaram a pesar mais no bolso das famílias de baixa renda no último mês do ano. O grupo Alimentação saiu de uma queda de 0,36% em novembro para alta de 0,26% em dezembro, dentro do Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1), informou nesta quinta-feira (5) a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Entre itens que ficaram mais caros e outros que diminuíram o ritmo de queda nos preços, um dos destaques foram os laticínios, que saíram de um recuo de 4,26% em novembro para queda de 2,06% em dezembro, apontou a FGV.

A inflação percebida pelas famílias de baixa renda registrou alta de 0,19% em dezembro, ante aumento de 0,06% em novembro. Além de Alimentação, cinco entre as oito classes de despesa tiveram taxas de variação maiores: Despesas Diversas (de -0,34% em novembro para 1,86% em dezembro), Vestuário (de -0,36% para 0,81%), Transportes (de 0,35% para 0,59%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,37% para 0,52%) e Educação, Leitura e Recreação (de 0,56% para 0,86%). Houve destaque para os itens cigarros (de -0,84% para 3,31%), roupas (de -0,35% para 0,92%), gasolina (de -0,13% para 2,21%), salão de beleza (de 0,76% para 1,43%) e show musical (de 0,74% para 2,32%).

Na direção oposta, ajudaram a conter o índice os grupos Habitação (de 0,39% para -0,69%) e Comunicação (de 0,10% para 0,07%), sob influência de itens como tarifa de eletricidade residencial (de 1,25% para -5,13%) e mensalidade para TV por assinatura (de 1,86% para 0,35%), respectivamente.


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