A alta da gasolina para o consumidor deve ficar em cerca de 4%. A projeção é do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O aumento foi de 6,6%, mas os postos vão passar 4,4% porque tem a mistura (do etanol à gasolina)", afirmou nesta quarta-feira a jornalistas, após encontro com prefeitos na capital federal. Ele destacou que esse aumento é inferior à inflação, mencionando que, de 2006 a 2012, o preço da gasolina subiu 6%.
"É uma elevação modesta perto daquilo que aconteceu com o preço da gasolina, uma pequena correção que não vai atrapalhar ninguém." Segundo Mantega, o impacto desse reajuste no IPCA (índice que é a referência do sistema de metas de inflação do governo) deve ser de 0,16 ponto porcentual. "Se temos uma inflação entre 5% e 5,5%, é natural que haja correção de preços."
O ministro declarou que o governo estuda elevar o aumento da mistura do etanol à gasolina. "Informaremos em breve." Ele disse ainda que todos os reajustes são decisão da diretoria da Petrobras, mas observou que, se o preço do petróleo no mercado internacional cair, não haverá necessidade de uma nova alta. "No ano passado, tivemos mais de um aumento. Não quer dizer que vamos fazer isso de novo."
Energia mais barata
A redução da conta de eletricidade era uma medida necessária. "As tarifas de energia no Brasil estavam entre as mais caras do mundo, e isso não tinha sentido", disse, completando que toda a população será beneficiada. "Só as famílias terão uma economia de cerca de R$ 9 bilhões neste ano e vão poder usar esse dinheiro para melhorar seu padrão de vida."
O ministro declarou que a indústria, os serviços e o comércio vão reduzir preços e ficar mais competitivos. "Com essa mudança, a conta de luz no Brasil ficará abaixo da média internacional", estimou.
Mantega disse que a Eletrobras continuará a crescer e a fazer investimentos. "O negócio de energia elétrica é muito bom no Brasil."
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