Aluguel e gastos em salão de beleza e bar fazem inflação de BH subir em dezembro, aponta pesquisa
Aumento só não foi maior porque energia elétrica e preço de frutas, legumes e verduras ficaram mais baratos
Após um mês de desaceleração, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) em Belo Horizonte volta a subir na segunda prévia de dezembro. Dados divulgados nesta quarta-feira (18) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas (Ipead) apontam que habitação (aluguel e compra/venda de imóveis) e gastos pessoais com salão de beleza e bebida em bares e restaurantes pesaram mais no bolso.
O IPCA BH teve alta de 0,31% na segunda prévia de dezembro, com aceleração em relação à semana anterior (0,14%). No entanto, houve desaceleração em comparação a novembro (0,56%).
De acordo com o economista Diogo Santos, do Ipead, o resultado é explicado pela alta de preço médio dos subgrupos habitação (0,78%) e pessoal (0,46%).
O custo da alimentação, porém, continuou desacelerando (0,96%) tanto em relação à terceira semana do mês (1,34%), quanto ao mesmo período do mês anterior (1,44%). O aumento só não foi maior porque houve queda de 4,06% no preço médio dos alimentos in natura - frutas, legumes e verduras. Tarifa de energia elétrica residencial e gasolina comum também ajudaram a segurar a inflação.
"O lado positivo desse resultado é que apesar da aceleração, a inflação da segunda prévia de dezembro está menor que o mês anterior e menor que o mesmo período do ano anterior. Isso se explica principalmente pela queda de preço da energia elétrica e um crescimento menor do custo da alimentação", destacou Diogo Santos.
Ainda de acordo com o levantamento do Ipead, a inflação sentida pelas famílias que recebem de um a cinco salários mínimos acelerou para 0,16% em relação à quadrissemana anterior.