Analistas estrangeiros defendem renúncia de Dilma como melhor saída

Raul Mariano
rmariano@hojeemdia.com.br
26/03/2016 às 08:14.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:39

Analistas estrangeiros veem uma eventual renúncia da presidente Dilma Rousseff, e não o impeachment, como a melhor saída para a economia brasileira.

Uma análise da consultoria britânica Oxford Economics aponta a desistência da presidente como a saída mais viável para o país. “Esse seria o passo menos traumático para a economia brasileira”, diz relatório assinado pelo diretor de pesquisa para a América Latina, Marcos Casarin.

De acordo com a consultoria, Dilma tem um índice de aprovação popular muito baixo e está se tornando cada vez mais isolada, ao perder o apoio de partidos da base aliada. Isso sem contar o processo de impeachment decorrente das chamadas “pedaladas fiscais”, que seria descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

“Neste cenário, nós acreditamos que a presidente deveria renunciar - em vez de manter sua estratégia de distribuir cargos no governo para membros da coalizão (o que enfraquece sua liderança ainda mais) em troca de votos contra seu impeachment no Congresso”, afirma o relatório.

“As mudanças na equipe econômica do governo são imediatamente precificadas pelo mercado. Isso define o futuro”Paulo Pacheco, economista

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A Oxford afirma que a presidente já não comanda mais o país, pois não tem nem mesmo o apoio do PT, em especial na área econômica, ou do PMDB, que está dividido sobre o suporte ao governo.

De acordo com o documento, mais três anos de impasse impediriam qualquer chance de uma retomada da agenda de reformas antes de 2019.

Ainda assim, a consultoria admite que a mudança de governo não seria suficiente para impulsionar a recuperação da economia e dos preços dos ativos domésticos.

“Quanto mais tempo o Brasil levar para reformar a Previdência, as leis trabalhistas e o sistema tributário, mais tempo a economia permanecerá presa no atual ‘equilíbrio ruim’ de queda da produção e maior prêmio de risco”.

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