Após uma série de altas entre janeiro de 2011 e maio de 2012, e uma queda de 0,1 ponto porcentual em junho, a inadimplência nos contratos de financiamentos de veículos para pessoa física - aqueles com mais de 90 dias de atraso - permaneceu estável em julho, em 6% do saldo da carteira de veículos. Segundo o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Décio Carbonari, a tendência é de queda na inadimplência nos próximos meses.
"As atuais políticas de crédito das financiadoras tiveram grande responsabilidade neste movimento inicial de estabilização dos índices de inadimplência", disse Carbonari, numa referência à exigência de valores maiores de entrada no financiamento, bem como de parcelamentos mais curto. "Com essas ações, as financeiras conseguiram salvaguardar a saúde financeira destes clientes e evitaram que tivessem maiores dificuldades para cumprir com seus compromissos", informou o presidente da Anef.
O saldo total das carteiras de financiamentos de veículos (CDC e leasing) fechou julho em R$ 203,4 bilhões, 0,3% superior ao mês de junho, quando o saldo era de R$ 202,7 bilhões. Quando comparado ao mesmo período de 2011, a alta foi de 3,8%. O saldo seguiu em 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, estimado em R$ 4,308 trilhões, entre junho e julho, ante 4,9% em julho de 2011.
O total corresponde a 9,3% do total do crédito do Sistema Financeiro Nacional e representa 29,4% do total do crédito destinado às pessoas físicas no Brasil. A taxa média de juros praticada pelas associadas da Anef em julho de 2012, estabilizou-se em 1,30% ao mês e 16,77% ao ano, a mesma taxa utilizada no mês anterior. A taxa média do mercado em julho passou a ser de 1,60% ao mês e de 20,95% ao ano.
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