O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, afirmou nesta terça-feira (15) ao deixar a reunião com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, que o único tema tratado foi o "Inovar Máquinas". Perguntado se o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foi discutido no encontro, Moan disse que não era momento de falar do assunto.
Ele disse que apresentou a Holland a proposta que foi entregue na semana passada ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, de um programa para estimular a ampliação e a modernização do setor de máquinas agrícolas e rodoviárias. Batizado de "Inovar Máquinas", o programa prevê a concessão de crédito do IPI para as empresas que comprarem mais autopeças, máquinas e equipamentos do Brasil.
De acordo com Moan, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda criará um grupo interministerial para avaliar a proposta do setor. Perguntado sobre a estimativa de investimentos que a medida poderia estimular, o Moan afirmou que isso depende da viabilidade dos pontos propostos. O presidente da associação declarou, entretanto, que o impacto fiscal da proposta é "quase nulo". "O impacto fiscal é muito pequeno, mas com impacto muito positivo na produção", garantiu.
Moan prosseguiu afirmando que não ficou acertado um prazo para a análise do projeto e que a reação de Holland foi "boa". O presidente da Anfavea acentuou ainda que na reunião com Pimentel, na semana passada, teve a impressão de que a implementação do Inovar Máquinas ainda em 2013 é factível. Segundo Moan, está prevista para a próxima semana mais uma reunião da Anfavea com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Números
O presidente da entidade acrescentou que a Anfavea trabalha com uma previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para 2013 e de um aumento na produção de veículos superior a 12%. Além disso, adiantou que os estoques estão hoje em cerca de 40 dias, abaixo do que se verificava há dois anos, quando chegou a 47. A inadimplência registrada em setembro, de 5,6%, é o melhor resultado dos dois últimos anos, quando, pela primeira vez, ficou abaixo de 6%. Se forem considerados apenas veículos novos financiados, o numero cai para menos de 3%.
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