Expectativas

Ano ainda será marcado por restrições ao crédito e juros altos aos consumidores, prevê Itaú

Hermano Chiodi - Enviado Especial
hcfreitas@hojeemdia.com.br
08/02/2023 às 12:16.
Atualizado em 08/02/2023 às 14:44

A agência foi multada em mais de R$ 205 mil como pena prevista na conclusão de processo administrativo instaurado pelo Procon-MG (Itaú/Divulgação)

SÃO PAULO - O presidente do Banco Itaú, Milton Maluhy Filho, apresentou os resultados do banco no último ano e previu que 2023 ainda será marcado por juros altos e limitações no acesso às linhas de crédito para o consumidor comum, pessoas físicas, pequenas e médias empresas que buscam o sistema financeiro, principalmente, para buscar financiamentos e empréstimos.

De acordo com o balanço do banco, houve redução em algumas linhas de crédito no último trimestre de 2022 e a expectativa é que a situação se repita neste ano. “Reduzimos em 90% a concessão de novos cartões e diminuímos também financiamentos de veículos, por exemplo. Nossa expectativa para 2023 no crédito de pessoas físicas ainda é modesto e não devemos fazer grandes avanços”, informou.

A situação repete um contexto visto também em outros bancos, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Esse tipo de crédito cresceu em 2022, mas apresentou desaceleração significativa quando comparado com o ano anterior. No setor bancário em geral, em 2021 a expansão foi de 16,3% e desacelerou para 13,8%, em 2022 segundo a Febraban; para o ano atual, levantamentos feito pela instituição mostram que o avanço no crédito pessoal deve ficar próximo de 8%. 

“Nos últimos meses de 2022, o ritmo de crescimento anual da carteira tem perdido ímpeto e deveremos ter uma menor expansão do crédito em 2023, devido a um cenário externo ruim com inflação elevada, juros altos e atividade econômica em desaceleração”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban. 

No geral, deve ser bom

Contudo, a fala do presidente do Itaú, na manhã desta quarta-feira (8), ao apresentar os resultados do banco, trouxe também boas expectativas para o futuro.

Na avaliação de Milton Maluhy Filho, a situação financeira e a regularidade de empresas e pessoas no país tem voltado à normalidade e deve atingir os níveis pré-pandemia de Covid-19. “Isso já aconteceu com as pessoas físicas e também está chegando às empresas. Acreditamos que esta normalidade deve ser alcançada em breve”, afirmou.

Segundo Milton, a principal expectativa prevista para o ano é em relação à proposta de novo arcabouço fiscal, que deve ser apresentado até o mês de abril pelo governo e pelo ministro da Economia, Ferando Haddad. 

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