(Pixabay/Divulgação)
A inflação pesou mais para os ricos do que para os pobres em fevereiro. Os dados, divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta terça-feira (21), mostram que a menor taxa foi observada entre as famílias de renda muito baixa (0,69%), enquanto a maior ficou com as famílias de renda alta (1,05%).
A principal razão para esta alta é o aumento nos custos com educação. Os reajustes chegaram a 7,6% nas mensalidades dos cursos regulares e de 3,7% dos cursos livres, um tipo de gasto que pesa mais no orçamento das famílias de alta renda do que nas famílias com menor renda que, muitas vezes, utilizam os serviços públicos e não pagam mensalidade escolar.
Gastos com “tarifas de energia elétrica” e “cuidados pessoais”, também impactaram nos gastos, com altas de 1,4% e 2,8%, respectivamente.
O resultado de fevereiro no Ipea reforça a tendência do ano e apareceu em outras pesquisas de inflação, como o IPCA, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano a diferença de inflação para as classes com menor renda e maior renda chega a 1,17%. Para os ricos, o índice alcançou 7,03% em doze meses contra 5,86% na classe com menor renda.
Para todas as classes, com maior impacto entre as famílias de menor renda, os alimentos foram os que puxaram a inflação para baixo, com queda de até 8,1% em alguns grupos, como os tubérculos.
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