Após oscilar, dólar fecha nesta quinta em leve queda em relação ao real

Folhapress
18/07/2013 às 18:43.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:11

SÃO PAULO - Depois de oscilar entre altas e baixas, o dólar à vista - referência para as negociações no mercado financeiro- fechou hoje em leve queda de 0,19% em relação ao real, cotado em R$ 2,226 na venda.

O Banco Central realizou um leilão de swap cambial tradicional, que equivale a venda de dólares no mercado futuro. Foram vendidos todos os 20 mil contratos ofertados, com vencimento em 2 de dezembro de 2013, pelo valor de US$ 994,9 milhões.

A última operação desse tipo realizada pela autoridade monetária havia sido em 10 de julho, quando o dólar chegou a bater R$ 2,28.

Segundo operadores, a intenção da autoridade foi antecipar a rolagem de papéis que venceriam em agosto. "A atuação do BC, ao antecipar a rolagem dos swaps, fez o mercado tomar tudo e indicar que a demanda para essa operação está alta", afirmou o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, ressaltando, por outro lado, que a liquidez está reduzida. O presidente do Banco Central americano, Ben Bernanke, disse hoje que é cedo para pensar em um corte nos estímulos econômicos nos EUA já em setembro, quando haverá nova reunião da autoridade.

Ontem, Bernanke disse que o BC americano espera começar a retirar os estímulos econômicos naquele país apenas mais à frente neste ano -e que pode, inclusive, manter esses estímulos em 2013 se necessário.

A fala provocou otimismo nos investidores, que deixaram aplicações consideradas mais seguras, como o dólar, e foram para mercados de maior risco, como o de ações.

O BC dos EUA recompra, mensalmente, US$ 85 bilhões em títulos públicos para injetar recursos na economia americana. Parte desse dinheiro acaba se transformando em investimentos em mercados de outros países -inclusive o do Brasil. Indícios de manutenção desse estímulo financeiro, portanto, são vistos com bons olhos pelos investidores.

Além disso, a manutenção desse incentivo nos EUA reforça no mercado a aposta de que os juros americanos devem permanecer no nível em que estão -praticamente zero-por mais tempo, já que a taxa zerada também é um fator de estímulo à economia.

A taxa baixa faz com que as aplicações em Bolsa fiquem mais atraentes a investidores do que os títulos públicos dos EUA, que são considerados de baixo risco, mas remunerados pelos juros.

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