Belo Horizonte fechou o mês de setembro com inflação em aceleração. Apesar de a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter anunciado que a bandeira tarifária vermelha seria acionada a partir de terça-feira (1º), a conta de luz já vem pesando no bolso do consumidor. Com a "companhia" da cesta básica, que em BH teve leve aumento (0,32%) em setembro, interrompendo dois meses de queda acentuada.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (3) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

"Sobre a inflação de setembro vale destacar que neste momento o custo da energia elétrica é um dos principais fatores a puxar a inflação. E que também ficou para trás o período de queda do custo da alimentação que ocorreu em agosto", destacou Diogo Santos, economista do Ipead.

De acordo com o levantamento, o custo de vida na capital, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de BH, subiu 0,62% em setembro - em agosto havia sido registrada queda de 0,25%.

A inflação sentida pelas famílias com renda de um a cinco salários mínimos subiu 0,67% em setembro - contra -0,31% em agosto de 2024.

Queda nos preços do vidro (como box e janelas, por exemplo), da gasolina comum e de automóveis novos ajudaram a segurar a inflação, destacou o Ipead.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses pelo IPCA BH está em 7,66%.

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