A Mercedes-Benz, que já tem quatro sistemistas (fornecedores de conjuntos montados) instalados dentro de sua área industrial de Juiz de Fora, negocia com a prefeitura e o governo de Minas a ida para a cidade de mais duas empresas de autopeças, cujos nomes não foram revelados.

Desde o ano passado, são produzidos em Juiz de Fora os caminhões extra-pesados Actros e leves Acello. Hoje, estão sediadas na área industrial da Mercedes as empresas Maxion (fabricante de longarinas), Randon (pré-montagem de periféricos do motor, para-lamas traseiros, radiador e mangueiras do sistema de arrefecimento, pedaleiras de freio e embreagem, coluna de direção e freio de mão), Seeber (pintura de peças plásticas e metálicas) e Grammer (fornecedora de bancos). Elas são responsáveis pela maior parte dos componentes dos caminhões montados na cidade.

Apesar do crescimento do parque de fornecedores, o número de parcerias ainda está abaixo da expectativa da Mercedes, que pretendia já ter atraído pelo menos dez empresas.


Negociações

Pelo menos outras duas fornecedoras da Mercedes-Benz do Brasil negociam mudança para Juiz de Fora. As propostas estão em análise no Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais (Indi) e na Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Econômico.

Mas Resende, no Rio de Janeiro, também concorre com Juiz de Fora. “Eles têm oferecido muitas vantagens. Mas estamos trabalhando pela instalação aqui”, afirmou o coordenador de projetos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, André Zuchi.

Na avaliação de Zuchi, Juiz de Fora tem como vantagem, além da localização, a oferta de modais de transporte rodoviário, ferroviário e aeroviário. Já a concorrente oferece mão de obra qualificada, infraestrutura e incentivos fiscais. “Em contrapartida, o governo de Minas oferece redução do ICMS , e a prefeitura, isenção de IPTU por dez anos”, afirmou
 
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