Automóveis e bebidas puxam queda da produção industrial de Minas

Tatiana Moraes - Do Hoje em Dia
06/07/2012 às 21:33.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:23
 (André Brant)

(André Brant)

A produção industrial mineira encerrou maio com redução de 1,5% na comparação com abril. A queda é superior à média nacional, de 0,9%. Na comparação com maio do ano passado, Minas fechou o mês com redução de 2,1%, enquanto o Brasil registrou retração de 4,3%, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Estado, os setores de veículos e bebidas contribuíram para puxar o índice para baixo. Na avaliação do analista do IBGE, Antônio Braz de Oliveira, o resultado geral mostra que a indústria mineira está estagnada. “A produção do Estado está no mesmo patamar desde maio de 2010”, afirma.   No confronto com maio do ano passado, o setor de veículos automotores retraiu 9,9%. A média brasileira fechou em queda de 16,84%. A redução para Minas é a mais forte desde maio de 2009, quando eclodiu a crise financeira internacional nos Estados Unidos.  O analista do IBGE considera que a queda nas vendas de veículos registrada no início do ano provocou a retração da produção. “Para sanar o problema, as companhias tiveram que recorrer às férias coletivas e reduzir a produção”, afirma.    Já o setor de bebidas de Minas fechou maio com baixa na atividade industrial de 6,2%, movimento contrário ao nacional, que encerrou o mês em alta de 2,2%, ambos na comparação com o mesmo período do ano passado. O índice mineiro para o segmento é o menor desde maio de 2005.    Oliveira explica que o setor de bebidas vem apresentando quedas consecutivas há algum tempo. “Não é possível relacionar um motivo específico que tenha puxado os números para baixo. Uma série de fatores no decorrer do tempo foi responsável”, diz.   O gerente de vendas da Mate Couro, Lázio Divino Pinto, afirma que o setor sofre com a alta carga tributária, que é repassada ao consumidor, elevando o preço do produto. Como outras fábricas produzem em escala maior e, consequentemente, conseguem preços melhores, há perda de competitividade.    No primeiro semestre, de acordo com ele, a empresa produziu 5% a menos do que o registrado no mesmo período do ano passado. “Estamos funcionando com metade da capacidade. Poderíamos ter mais um turno se a demanda aumentasse”, diz. A empresa possui 125 empregados.    As expectativas não são boas. A partir de 1º de outubro, o setor de bebidas terá aumento de 27% nos impostos federais.

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