Bancários aprovam fim de greve em São Paulo, Rio de Janeiro e BH

Beatriz Bulla
26/09/2012 às 21:15.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:36

Os bancários de São Paulo que trabalham em instituições privadas aprovaram em assembleia na noite desta quarta-feira (26) o fim da greve da categoria, que teve início no dia 18. Na terça-feira (25), a Federação Nacional de Bancos (Fenaban) propôs ao Comando Nacional dos Bancários um reajuste de 7,5% para os salários, o que representa um aumento real de 2%. A oferta dos banqueiros agradou aos sindicalistas que sinalizaram o fim da greve.

Até o momento, os bancários de instituições privadas de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Roraima e Rondônia confirmaram as perspectivas do Comando Nacional e decidiram aprovar a proposta da Fenaban e voltar ao trabalho quinta-feira. O levantamento está sendo feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que acompanha as assembleias de todo o país entre a noite desta quarta-feira e a quinta-feira (27).

As assembleias de funcionários da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil acontecem separadamente, por conta das demandas específicas dos funcionários dos dois bancos. Os trabalhadores das duas instituições ainda estão reunidos em assembleias para decidir se aceitam a proposta da Fenaban.

"A proposta foi aprovada por unanimidade", disse a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. De acordo com ela, os funcionários dos bancos privados representam quase 90% do total dos bancários de São Paulo. Ao todo, a categoria tem 500 mil trabalhadores no país, sendo 138 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

No final de agosto, a Fenaban havia apresentado proposta linear de reajuste de 6% para salários, pisos e benefícios. O pedido dos trabalhadores anteriormente era de 10,25% de reajuste salarial, sendo 5% de aumento real. Em 2011, de acordo com Cordeiro, a categoria ficou parada por 21 dias e recebeu aumento real de 1,5%. Neste ano, com oito dias de mobilização, os bancários conseguiram aumento real de 2%.

Entre outras coisas, a Fenaban propôs, além do aumento salarial, reajuste de 8,5% (2,95% de aumento real) para piso salarial, vale alimentação e vale refeição. O piso do caixa passa de R$ 1.900,00 para R$ 2.056,89. O vale alimentação passa de R$ 339,08 para R$ 367,92. O vale-refeição vai de R$ 19,78 para R$ 21,46 por dia. O aumento proposto pela Fenaban para a parte fixa da participação nos lucros e resultados (PLR) e para o teto do adicional foi de 10% (aumento real de 4,37%). A PLR adicional é de 2% do lucro líquido distribuído de forma linear.
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