Banda larga já está em 66 mil escolas, mas sem velocidade

Jeanette Santos - Do Hoje em Dia
16/12/2012 às 10:19.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:38

Reza o dito popular: “melhor pingar do que faltar”. Em tempos de conexões cada vez mais rápidas, que podem alcançar até 20 gigabits por segundo, estudantes, professores e funcionários de escolas públicas em todo o país comemoram a chegada da internet gratuita. Resultado do Programa Banda Larga nas Escolas, que vem sendo executado desde 2008, sob coordenação do Ministério da Educação e Cultura (MEC) em parceria com as operadoras de telefonia fixa, a conexão de 1 e 2 megabits por segundo tornou-se realidade em mais de 66 mil estabelecimentos de ensino no Brasil, 7.300 deles em Minas Gerais. A velocidade da conexão, contudo, deixa a desejar.

Presente em 173 das 187 escolas da rede pública municipal de Belo Horizonte, a conexão de 2 megabits exige complementação para atender à demanda das instituições. São até 30 computadores em cada unidade educacional.

“Para otimizar o serviço, a Prefeitura investiu R$ 400 mil em um servidor e em pontos de apoio com a contratação de serviços complementares”, relata o gerente de Planejamento e Informação da Secretaria Municipal de Educação, Cleber Wolbert. Os laboratórios, segundo ele, têm em média 7 equipamentos, fora os de uso dos professores.

Na rede estadual de ensino, composta por 3.862 escolas dos níveis Fundamental e Médio, a contribuição dada para democratizar o acesso ao espaço virtual, apesar de bem recebida, também é alvo de críticas. “Ela ajuda muito, mas está longe de ser a solução”, avalia o superintendente de Tecnologias Educacionais, Hudson de Oliveira. Para otimizar o serviço, afirma, o Estado paga mensalmente a fim de ter mais velocidade.

Segundo a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), o ritmo do programa superou a meta inicial estabelecida pelo governo, que fixou em 55 mil o número de instituições a serem atendidas até 2012. “O projeto é uma das maiores propostas de inclusão social desenvolvidas no país”, afirma o conselheiro da Telebrasil, Eduardo Levy. O aumento da velocidade, segundo ele, deverá ser feito de forma gradativa.

 

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