A expansão do estoque de crédito em 12 meses passou de 15,8% até setembro para 16,6% até outubro, resultado que está em linha com a projeção de 16% do Banco Central para o ano, disse, nesta quinta-feira, Tulio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC. "Voltamos para um patamar mais elevado, porque setembro era um mês atípico em número de dias úteis e houve a greve dos bancários." Maciel afirmou que tanto o crédito livre quanto o direcionado mostraram expansão.
Ele destacou que o saldo do BNDES havia crescido 0,8% em setembro e teve expansão de 1,3% em outubro. "Temos informações de ampliação das consultas ao BNDES, indicativo de que os empréstimos ao final do ano tendem a mostrar crescimento mais acentuado do que ao longo do ano." Disse ainda que o consumidor saiu de linhas mais caras. O saldo do cartão de crédito, por exemplo, cresceu 22% no ano passado, mas apenas 4,2% nos últimos 12 meses.
No cheque especial, a mesma comparação mostra alta de 16% em 2011 e queda de 1,6% em 12 meses até outubro. Já no crédito pessoal a expansão caiu de 19% para 15,4%, o que mostra moderação menos significativa, segundo Maciel. Ele atribuiu o resultado ao debate em torno do spread e das taxas de juros em geral.
"Esse foi um ano diferenciado, os spreads e os juros caíram ao longo do ano, e isso esteve em evidência na mídia. Creio que isso tenha contribuído." Disse ainda que a queda de 0,9% na média diária de concessões entre setembro e outubro mostra certa estabilidade. "As concessões em outubro foram positivas, considerando a sazonalidade. Tivemos uma expansão moderada."
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