BDMG amplia investimento em empresas de base tecnológica

Hoje em Dia
15/04/2014 às 07:21.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:07

(Arquivo/Hoje em Dia)

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) ampliou para R$ 60 milhões o valor destinado ao investimento em fundos de participações em empresas iniciantes com elevado potencial de crescimento, os chamados fundos de venture capital. Com esse aumento, o investimento do banco nesses fundos passou a corresponder a 3% de seu patrimônio líquido.

Essa é a primeira grande investida do BDMG no rumo das empresas iniciantes de base tecnológica. Desde 2009, o banco estatal já realizava investimentos em quatro fundos de participação em empresas iniciantes de base tecnológica, mas desde aquele ano foram realizados apenas R$ 27,5 milhões em aportes.

Esses fundos financiam a estruturação de empresas novatas, mas que apresentam grande potencial de crescimento. Os fundos compram parte do capital dessas empresas com o objetivo de vender essa participação quando o negócio estiver estruturado.

Na lógica do ciclo de vida de uma empresa de base tecnológica, os fundos de Venture Capital não apenas capitalizam o negócio, como também atuam na melhoria da gestão e nas estratégias de mercado. Para cada decisão de investimento, os gestores dos fundos avaliam cerca de 80 a 100 empresas.

Segundo o Gerente de Operações Estruturadas do BDMG, Jorge Leonardo Duarte de Oliveira, “a importância dessa atividade está em fomentar o desenvolvimento de negócios e modelos de negócios inovadores, complementando os instrumentos de crédito à inovação que o Banco já dispõe”, disse.

Risco e estratégia

De acordo com Oliveira, além do aumento do valor destinado a investimentos, a estratégia do banco se baseia também em estudos que demonstram que o risco do capital investido em fundos de venture capital pode ser mitigado por meio da aplicação em um maior número de fundos durante várias safras (anos de início de operação).

Outros parâmetros relevantes na composição de carteira são a diversificação de gestores, de teses de investimento e de fundos numa mesma safra.

Em sua estratégia de diluição de risco, o BDMG investirá em dois novos fundos em 2014 e outros dois novos em 2015.

“Dessa forma, ao mesmo tempo que aumenta o impacto na economia mineira, reduz-se riscos, melhora-se a expectativa média de retorno, e constroem-se bases para a sustentabilidade da carteira no longo prazo”, disse Oliveira. 

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