Black Friday em BH: comércio está otimista, mas 48% dos consumidores não devem gastar, diz pesquisa
Dia oficial de promoções é esta sexta-feira (29), mas muitas lojas já anunciam preços mais baixos desde o início do mês
O comércio de Belo Horizonte espera encerrar novembro com faturamento na casa dos R$ 2 bilhões. A projeção é justificada pelo otimismo com a Black Friday – cujo dia oficial é nesta sexta-feira (30), mas que não impediu lojistas e marcas de antecipar promoções desde o início do mê. Porém, se depender da disposição do consumidor os números podem não se concretizar.
Pelo menos é o que aponta levantamento divulgado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead), da UFMG.
Dados mostram que 48,40% das pessoas consultadas não pretendem aproveitar as promoções da megaliquidação. Outros 25,57% ainda estão na dúvida se vão aproveitar o saldão. Os que responderam que pretendem comprar somam 26,03%. Desses, as mulheres são a maioria: 30,43% contra 21,15% dos homens.
Produtos que o consumidor pretende adquirir na Black Friday, segundo o Ipead
- Roupas, calçados e acessórios (relógio, joias, bijuterias): 38,60%
- Eletrônicos (TV, videogame, smartphone): 36,84%
- Beleza e perfumaria (cremes, maquiagem): 22,81%
- Eletrodomésticos (máquina de lavar, airfryer, geladeira): 14,04%
- Brinquedos em geral: 12,28%
- Móveis (guarda-roupa, cama, sofá, mesa de jantar): 10,53%
- Informática (notebook, computador): 8,77%
- Outros: 5,26%
- Viagens (pacotes, passagens aéreas, etc): 3,51%
De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a aposta do comércio é de que a maioria dos consumidores que pretende ir às compras vai adquirir eletrodomésticos, eletrônicos e móveis. Para o CDL, até quatro ítens comprados por consumidor são esperados. Já a pesquisa do Ipead aponta que as preferências serão roupas, calçados e acessórios (38,60%), seguidos de eletrônicos (36,84%).
Veja orientações e direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, preparou um guia com orientações e direitos assegurados pelo Código de Defesa do Consumidor para os brasileiros a aproveitarem as promoções da Black Friday de forma mais segura e consciente.
Documento chama atenção para o aumento de reclamações [O GUIA]durante grandes eventos de promoção, como ofertas falsas, preços inflacionados antes dos descontos e problemas na entrega de produtos.
Na edição de 2023, as plataformas de proteção ao consumidor receberam mais de 7 mil queixas de cidadãos frustrados com falsas promessas de descontos e vantagens. A Senacon informou que vai monitorar o mercado e atuar em parceria com órgãos de defesa do consumidor para coibir irregularidades e aplicar sanções a empresas que desrespeitarem os direitos dos consumidores.
Também incentiva o uso da plataforma Consumidor.gov.br para a resolução direta de conflitos entre consumidores e empresas cadastradas. “Mais de 80% das reclamações registradas no portal têm desfecho positivo”, diz o texto.