WASHINGTON - O Brasil comemorou na sexta-feira (19) que o G20 tenha reiterado seu compromisso de evitar uma guerra de divisas, mas alertou que o país continuará vigilante contra "desvalorizações competitivas" de moedas que prejudiquem os países emergentes.
"Nossa tese, é uma tese que está contemplada" no comunicado emitido no encerramento de uma reunião do grupo de países desenvolvidos e emergentes em Washington, no sentido de que "temos que evitar a guerra cambial", afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em coletiva de imprensa em Washington.
"Agora, se na prática isso acontece ou não, temos que verificar e continuar vigilantes", disse.
O Brasil denuncia há anos a guerra cambial derivada das políticas monetárias que alguns países como os Estados Unidos usam como método para enfrentar a crise, o que levou à valorização do real frente ao dólar.
Na reunião do G20, os países emergentes manifestaram novamente sua "preocupação" com "esse excesso de liquidez na economia mundial que acaba desvalorizando as moedas dos países que fazem expansão monetária e prejudicando os demais países", disse Mantega.
Mantega disse que entendia que o comunicado se limitava a fazer um chamado sobre os efeitos negativos "não intencionais" das políticas expansivas, porque nesses textos se busca um "mínimo denominador comum" que possa receber a aprovação de todos os membros do G20.
O ministro também se mostrou compreensivo com o Japão, que implantou políticas que fragilizaram o iene, porque estas responderiam à prolongada deflação do país.