A presidente da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta segunda-feira (28), durante discurso que encerrou o evento "As Empresas Mais Admiradas no Brasil", da Revista Carta Capital, que o País tem um grande desafio de estimular mais ainda os investimentos de longo prazo. Ela destacou que o leilão do poço de Libra está dentro deste objetivo, que ela classificou como um sucesso. "Foi formado um forte e eficiente consórcio, com participação da Petrobrás e outras quatro empresas", destacou Dilma.
"Competência tecnológica e recursos financeiros são os traços fundamentais desse consórcio de empresas", destacou a presidente da República. De acordo com Dilma, com esse resultado obtido com o leilão de Libra o País deu um grande passo para a exploração do pré-sal com o modelo de partilha. "Libra tem de 8 a 12 bilhões de barris. Temos todo o petróleo que descobrimos nos últimos 30 anos", destacou.
De acordo com a presidente, Libra deve requerer um grande número de plataformas, que deverá variar de 12 a 18. Dilma Rousseff destacou que o modelo de partilha é o mais adequado para a exploração daquele poço de petróleo gigante. "Como o sistema de partilha, ficamos com 75% e as empresas com 25% das receitas de petróleo", apontou.
A presidente ressaltou que as empresas que venceram o leilão terão que encomendar 60 barcos de apoio. "Trezentos quilômetros de gasodutos terão de ser construídos", destacou Dilma Rousseff. Devido à grande necessidade de investimentos pelo consórcio vencedor de Libra, a presidente ressaltou que tal fato deve gerar a criação de centenas de milhares de empregos.
Segundo a presidente, o sistema de partilha foi adotado porque o governo sabe o lugar e a quantidade de óleo em Libra. "O petróleo é de boa qualidade e a área é de baixo risco", comentou. "O petróleo fica com o povo brasileiro. Quando não se sabe onde o petróleo está e nem quanto tem o sistema de concessão", apontou.