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Volta às compras

Brasileiro retoma confiança e índice de consumo chega a patamar pré-Covid

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
Publicado em 22/11/2022 às 07:30.

Após dois anos e nove meses de preocupações e ansiedade do consumidor brasileiro em função da Covid-19 e tudo que ela gerou, inclusive uma crise econômica mundial, a intenção de consumo das famílias (ICF) retornou aos índices alcançados no início da pandemia, em abril de 2020. A alta registrada em novembro foi de 1,3%, atingindo os 89 pontos. 

O resultado ainda não é o desejado, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou o levantamento nesta segunda-feira (21). Para ser considerado satisfatório, é necessário que o índice esteja acima dos 100 pontos. Mas, para a Confederação, a trajetória de crescimento de 21,3% desde novembro do ano passado é razão para comemoração.

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca a perspectiva positiva e avalia que o cenário é impulsionado por fatores econômicos, como a inflação mais moderada e, principalmente, o aumento da renda dos mais pobres. O indicador “avaliação da renda” subiu um ponto percentual e ficou acima dos 100 pontos, coisa que não acontecia desde março de 2020.

“Temos percebido a contribuição de moduladores importantes, como a contínua geração de vagas de trabalho formal e as maiores transferências de renda na reta final do ano. Esse é um feliz encontro de melhoria econômica e sazonalidades vitais para os setores produtivos, em especial para os segmentos que abarcamos como entidade, que são o comércio, os serviços e o turismo”, acrescenta.

Entre as “sazonalidades” citadas pelo presidente estão o movimento de vendas do Natal, a Black Friday, que acontece na próxima sexta-feira (25), e a Copa do Mundo, que têm contribuído para o aumento das expectativas de venda no fim de ano. 

Movimento que já é percebido por comerciantes como Lúcia Batista, gerente da Sketch, loja de roupas masculinas no Prado, região Oeste da capital. “Mesmo antes do dia oficial da Black Friday, já é possível perceber o aumento do movimento na loja e a expectativa é a de que isso continue para o Natal. Terminam agora as promoções da Black Friday e já vão começar as ofertas para o Natal. Nós conseguimos atravessar a pandemia sem fazer demissões e esse retorno aumenta nossas expectativas positivas”, diz Lúcia. 

Um ano atípico, mas com promessa de boas vendas, comenta Jacqueline Bacha, sócia da Simone Modas, loja de roupas no hipercentro de Belo Horizonte. “A volta dos eventos corporativos, a Copa, tudo isso aumenta nossa expectativa em um ano em que, acreditamos, já traz a Covid controlada”, afirma. Para atender a demanda, Jacqueline conta que já fez contratações e aumentou os temporários em 20%, “com expectativa de contratação permanente”.

Boas vendas
De acordo com pesquisas da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), 73,6% dos lojistas acreditam que a Black Friday terá vendas positivas e 67,6% pretendem aumentar os estoques com produtos alusivos à Copa do Mundo. A expectativa da entidade é que, durante o mês de novembro, sejam injetados R$ 2,06 bilhões na economia da cidade. 

“Tradicionalmente, o último trimestre do ano, conhecido como supertrimestre, já aumenta a expectativa de vendas. Neste ano, teremos a Copa do Mundo, que vai gerar mais oportunidades de negócios para os lojistas. Nossas pesquisas revelaram que 47% dos comerciantes esperam que a proximidade da Copa com a Black Friday e o Natal impulsione as vendas neste período”, detalha o presidente da CDL-BH, Marcelo de Souza e Silva.

Copa do Mundo
A novidade deste final de ano é a Copa do Mundo, que geralmente é realizada em meados do ano, mas que em 2022 foi transferida para novembro por causa do calor no Catar, país sede do torneio neste ano. Por isso, a CNC fez uma pesquisa para medir a empolgação dos consumidores brasileiros voltada especificamente para a competição de futebol.

De acordo com a pesquisa da CNC, os consumidores pretendem gastar, em média, R$ 211,21 entre os principais produtos associados à Copa. Roupas, alimentos e bebidas são os itens preferidos para as compras durante o período: 14,9% buscam vestuários temáticos para adultos e crianças e 14,6% planejam consumir alimentos e bebidas em casa. Apenas 3,8% dos consumidores consultados afirmaram que pretendem adquirir televisores e smart TVs.

“As estimativas da CNC mostraram que o segmento de móveis e eletrodomésticos, em que se incluem os televisores, deverá responder pela maior parte do faturamento do comércio em razão do evento (34% do total das vendas), mas os juros altos e o alto nível de endividamento com inadimplência crescente tendem a limitar o consumo desses itens mais dependentes do crédito e do parcelamento”, aponta a economista da CNC, Izis Ferreira, responsável pela pesquisa.

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