BVP Engenharia diversifica carteira para favorecer crescimento

Bruno Porto - Hoje em Dia
21/03/2013 às 07:17.
Atualizado em 21/11/2021 às 02:06
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Novos players no mercado da mineração amenizam a tendência de congelamento de investimentos pelos grupos mais tradicionais do setor e mantêm a BVP Engenharia, do setor de projetos geológicos, no caminho do crescimento.

Embora as maiores mineradoras do mundo como Vale, BHP Billiton e Rio Tinto atravessem um período de racionalização dos desembolsos, a necessidade de aumento da produção própria de minério de ferro pelas siderúrgicas tem preenchido o vácuo deixado na carteira de contratos da empresa, hoje com 51 projetos em andamento para um horizonte de até 2 anos.

Conglomerados como Gerdau e Usiminas atravessam um período de recuo da demanda para o aço, porém não cogitam atrasos em seus cronogramas de investimentos em minério para não ficarem expostos à oscilação do preço do insumo no mercado internacional, o que reduziria suas margens de lucro e agravaria a situação.

Essa conjuntura favorece a BVP. “Ao mesmo tempo em que diminuímos nossa dependência de contratos com a Vale, diversificamos nossa carteira, hoje com R$ 25 milhões em contratos”, observou o diretor-executivo da empresa, Guilherme Alves de Brito.

A participação de contratos com a Vale na carteira caiu de 84% para 63%. A meta é reduzir, ainda este ano, para 50%, o que não significa redução dos valores do contrato, mas o ganho de representatividade das siderúrgicas e de mineradoras de médio e pequeno porte. “A Vale é um ótimo cliente, mas a diversificação é saudável”, afirmou.


Estabilidade

Após contabilizar um salto de 24% no faturamento em 2012, a BVP projeta para este ano um volume semelhante de negócios.

“Diante da perspectiva de retração no setor, acreditamos em estabilidade nos negócios. Até cogitamos alguma redução. O início de 2013 assustou, mas já há um indicativo de recuperação”, disse Brito.

Os negócios da empresa, como projetos para barragens, minerodutos e pilhas de estéril, estão 65% em Minas Gerais. O restante está dividido entre Pará, Tocantins, Bahia e Ceará. Também há na empresa expertise internacional. Atualmente a BVP negocia um contrato com a anglo-australiana Rio Tinto para desenvolver um projeto em Moçambique. A presença da empresa no exterior abrange nove países.

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