Cai a qualidade da energia da Cemig no ranking da Aneel

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
Publicado em 26/03/2013 às 07:23.Atualizado em 21/11/2021 às 02:15.

A qualidade da energia distribuída pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) piorou. Entre 2011 e o ano passado, a concessionária caiu cinco posições no ranking de qualidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A empresa, que ocupava o 20º lugar há dois anos, desceu para o 25º em 2012.

O ranking é elaborado com base no Desempenho Global de Continuidade (DGC). O indicador é formado a partir da comparação entre o tempo em que o consumidor fica sem luz – Duração Equivalente de Interrupções por Unidade Consumidora (DEC) – e a frequência com que ele fica sem luz – Frequência Equivalente de Interrupções por Unidade Consumidora (FEC).

Nos últimos dois anos, o DEC da Cemig estourou o limite autorizado pela agência reguladora. Em 2012, a distribuidora interrompeu o fornecimento de energia em 14 horas e 42 minutos, duas horas e sete minutos a mais do que o limite máximo estabelecido pela Aneel. Em 2011, o limite era de 12h59. Porém, os clientes da estatal ficaram 14h19 no escuro.

Desde 2003, a qualidade do serviço prestado pela Cemig caiu 37%, segundo o coordenador-geral do Sindicato dos Eletricitários (Sindieletro), Jairo Nogueira. Nesse período, o tempo médio em que o consumidor ficou sem luz passou de 10h09 para 14h42.

“Em 2003, a Cemig era um aluno que passava de ano com nota 9. Porém, ela descobriu que se tirasse 6 passaria do mesmo jeito. E agora a empresa faz o mínimo, se tornou um aluno medíocre”, critica.

Ainda de acordo com ele, a piora na qualidade atingiu 77% das pessoas atendidas pela concessionária. “Faltam investimentos em manutenção preventiva e em melhorias”, critica.

Como compensação pela falta de energia, a companhia devolveu cerca de R$ 81 milhões aos clientes nos últimos três anos. Em 2012, a estatal ficou em quarto lugar entre as que mais compensaram os consumidores por interrupções no fornecimento de energia elétrica, desembolsando R$ 34,8 milhões.

A empresa alega que as paradas programadas, realizadas para que alguma melhoria seja feita na rede, foram as principais responsáveis pelo estouro da meta. De acordo com nota enviada pela Cemig, em 2012 o tempo em que o consumidor ficou sem luz de forma não programada foi de 9h44, bem abaixo do limite.

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