Cai o último impedimento para duplicação da BR-381

Bruno Porto - Hoje em Dia
14/12/2013 às 07:52.
Atualizado em 20/11/2021 às 14:48
 (Divulgação / Corpo de Bombeiros)

(Divulgação / Corpo de Bombeiros)

Não existem mais impedimentos para que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) libere o início das obras de duplicação da BR-381, de Belo Horizonte a Ipatinga, e a melhoria do trecho do Vale do Aço a Governador Valadares. Na última sexta-feira (13), após negociação com o Ministério Público de Minas Gerais, o secretário estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães, concedeu Licença de Instalação (LI) ad referendum (urgência) para as obras.    O investimento total é de R$ 4 bilhões para as obras distribuídas em 11 lotes. Destes, sete estão prontos para execução. Os trabalhos devem durar quatro anos.   Na quinta-feira (12), em reunião do Conselho Política Ambiental (Copam), a LI seria apreciada, mas foi retirada de pauta após pedido de vistas de 30 dias do Ministério Público. Dada a urgência, o secretário Adriano Magalhães se reuniu na última sexta-feira (13) com o promotor Carlos Eduardo Ferreira Pinto.   “O promotor entendeu nosso pleito e a LI ad referendum não trará prejuízo ao pedido de vistas. O assunto voltará à pauta e vamos analisar a posição do MP, podendo incluir condicionantes”, disse Magalhães.   Ele informou que uma reunião extraordinária do Copam está agendada para 15 de janeiro, quando a licença será  submetida a votação. A licença ad referendum é prerrogativa do secretário de Meio Ambiente.   O promotor informou que o MP tem uma série de considerações a fazer, mas que não está em discussão a viabilidade ambiental do projeto. “Reconhecemos a urgência do licenciamento. Temos questões como o manejo da flora, mas podemos apresentar condicionantes na reunião de janeiro”, disse.                                              Fiemg levantou as oportunidades de negócios geradas pela obra   As obras demandarão a mão-de-obra de 5,7 mil trabalhadores, segundo levantamento da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).   O Caderno de Oportunidades produzido pela entidade (um roteiro de negócios a serem gerados pela obra) ainda aponta para encomendas de 29,1 mil toneladas de aço e a necessidade de terraplenagem de um equivalente a 48,2 milhões de metros cúbicos de solo. Serão 1,2 mil máquinas em operação, somadas todas as frentes de trabalho. As obras contemplarão 303 quilômetros de rodovia. O trecho de Governador Valadares a Belo Oriente, com 73 quilômetros de extensão, equivalente a 24% da obra, não será duplicado. Estão previstos 3 viadutos, duas passarelas e uma ponte.   Os deputados estaduais Bonifácio Mourão (PSDB), líder do governo na Assembléia, e Gustavo Valadares (PSDB), que visitaram na última sexta-feira (13) o Hoje em Dia, criticaram o projeto de reforma da BR-381 por não contemplar a duplicação integral da rodovia. “Não queremos interromper o processo. Isso seria um passo para trás. Mas não é o que queríamos”, disse Valadares.    Mourão criticou a não duplicação da rodovia a partir de Belo Oriente, no trecho que passa por Governador Valadares. Além disso, ele lembrou que o trecho mais perigoso da rodovia, de Belo Horizonte até Caeté, não será duplicado em um primeiro momento, uma vez que a licitação foi frustrada. O preço mínimo apurado no leilão ficou acima do teto estabelecido e o trecho terá que ser licitado novamente. 

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