A carga tributária brasileira foi inflada em 2011 por conta do recolhimento de tributos atrasados por contribuintes inscritos em programas de parcelamentos especiais. Entre 2010 e 2011, os recursos arrecadados pela Receita Federal por meio dos parcelamentos saltaram R$ 14,3 bilhões, totalizando R$ 27 bilhões no ano passado.
Descontados os parcelamentos, a carga tributária atingiu 34,7% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado, resultado inferior ao resultado global (que inclui os recursos dos parcelamentos) de 35,3% do PIB. Em 2010, a carga descontada dos parcelamentos foi de 33,2% do PIB.
Segundo o coordenador-geral de estudos econômico-tributários e de previsão e análise de arrecadação do Fisco, Othoniel de Sousa, os recursos oriundos dos parcelamentos especiais de débitos em atraso acabam empurrando a arrecadação tributária de um ano com dinheiro que deveria ter entrado em anos anteriores.