CCR abrirá escritório em BH para gerir Aeroporto de Confins

Tatiana Moraes - Hoje em Dia
Publicado em 22/03/2014 às 10:07.Atualizado em 20/11/2021 às 16:47.
 (Lucas Prates/Hoje em Dia)
(Lucas Prates/Hoje em Dia)
O consórcio AeroBrasil – liderado pela Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) e com participação das operadoras dos aeroportos de Zurique e de Munique – se prepara para assumir, em agosto, o aeroporto Internacional Tancredo Neves (AITN), em Confins. O grupo, que assina contrato com a Secretaria de Aviação Civil (SAC) em 31 de março, prevê a instalação de um escritório em Belo Horizonte para gerir o negócio mais de perto, por meio da CCR, controlada pelos grupos Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido. 
 
“O governo quer que a transição da gestão seja tranquila, por isso assumimos em agosto”, afirmou o gerente de Relacionamento com os Investidores da CCR, Marcus Macedo, ontem, durante apresentação de resultados da empresa aos membros da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais em Minas Gerais (Apimec-MG).
 
Disputa
O AeroBrasil venceu o leilão de Confins em 22 novembro do ano passado, depois de disputar a operação do aeroporto com gigantes, como OdebrechtTransport e Invepar. O lance pela concessão, válida por 30 anos, foi de R$ 1,82 bilhão, ágio de 66% sobre o lance mínimo de R$ 1,096 bilhão. Os investimentos no terminal somarão R$ 3,5 bilhões. O retorno dos aportes é estimado para oito anos.
 
Hoje, o aeroporto tem capacidade para 10,4 milhões de passageiros. Segundo a Anac, esse número subirá para 17 milhões neste ano, quando terminam as obras de ampliação do Terminal 1. Ao final da concessão, prevista para 2043, a capacidade total será de 43 milhões. 
 
Conforme afirma Macedo, a CCR está de olho no futuro de Confins. “Vamos melhorar o aeroporto em todos os sentidos para atrair cada vez mais passageiros”, disse.
 
De acordo com o contrato, a companhia tem que cumprir algumas exigências para operar o aeroporto. Entre elas, construir um novo terminal de passageiros com no mínimo 14 pontes de embarque até 30 de abril de 2016, com vias terrestres associadas. A AeroBrasil terá, ainda, que ampliar o pátio de aeronaves até a mesma data e construir uma segunda pista independente até 2020.
 
Macedo cita, ainda, as melhorias estratégicas. A principal delas seria a negociação de voos internacionais com companhias aéreas. Ele ressalta que 97% dos voos que partem de Confins são domésticos.
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