A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) aprovou, na quinta-feira (26), em Assembleia Geral Extraordinária, o aumento de capital (de R$ 1,480 bilhão) que será realizado por meio de emissão de 296,2 milhões de ações preferenciais (sem direito a voto), a serem entregues aos acionistas como forma de bonificação. Cada investidor receberá 30% da quantidade de ações que já possui.   O pagamento da bonificação será realizado em 3 de janeiro. Todos os acionistas que possuíam papéis até ontem receberão o bônus. O Governo do Estado de Minas Gerais, principal acionista da companhia, com 50,97% do capital votante, será o maior beneficiado. Para ele, serão emitidos 64,3 milhões de títulos.    Como os papéis da bonificação não dão direito a voto, o governo pode vendê-los sem perder o controle da empresa. A preços da ação negociada ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) –valor unitário de R$ 18,40–, a expectativa é a de que, na prática, o governo seja capitalizado em aproximadamente R$ 1 bilhão.    Vender as ações, no entanto, não é simples. O governo deverá, antes, anunciar ao mercado a comercialização e vender as ações em blocos, chamados de block trades. Como as vendas em massa podem derrubar o preço dos papéis, a expectativa é a de que o Estado espere para que haja uma melhora nos preços dos títulos.    De R$ 34,30 no dia 12 de dezembro de 2008, as ações preferenciais da Cemig foram para o pico de R$ 48,38 em 27 de abril do ano passado e recuaram para cerca de R$ 18 ontem.

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