(Cemig/divulgação)
Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (4) o Conselho de Administração da Cemig deliberou pela não renovação dos contratos de concessão de 18 usinas hidrelétricas operadas pela empresa, atingidas pela MP 579. Uma assembleia geral será convocada para referendar a decisão do conselho, nos próximos dias.
“Desde o primeiro momento, fomos a favor do programa do Governo federal de reduzir o custo da energia para a população e a indústria. Por isso, estamos contribuindo em aceitar as novas regras para a transmissão. Entretanto, no que diz respeito à geração, após todas as análises criteriosamente realizadas não foi possível aderir”, explicou o presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais.
Segundo o presidente, alguns destes ativos possuem mais de 60 anos e o governo não ofereceu as condições julgadas necessárias pela companhia.
“A soma do perímetro dos lagos formados em função das barragens das hidrelétricas da Cemig chega a mais de 8 mil km de extensão, o equivalente à costa brasileira. As hidrelétricas abrangidas pela MP 579 são responsáveis por quase 50% dessa grande área. Os contratos impõem às empresas toda a responsabilidade em função de problemas de operação, danos ambientais e outros. Isso significa que, mesmo tendo realizado um grande esforço no sentido de reduzir os custos operacionais, não temos como assumir o compromisso contratual de garantir uma operação de forma sustentável”, assinalou Djalma de Morais.
Disse ainda não acreditar que o fato de a empresa não ter aderido com as suas usinas à MP 579 possa comprometer com as metas de redução das tarifas projetadas pelo Governo federal.
Na mesma reunião, o conselho autorizou a prorrogação do contrato para operar e manter os ativos de transmissão por mais 30 anos, juntamente ao Ministério de Minas e Energia. O novo acordo engloba os ativos referentes a 5 mil quilômetros de linhas de transmissão e dezenas de subestações.