Uma maior deterioração do cenário internacional pode levar o Banco Central do Brasil a promover três cortes da taxa básica de juros até o final do ano, na avaliação do gerente de política econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. Atualmente, a entidade conta com dois cortes de 0,50 ponto porcentual cada, levando a Selic para o patamar de 7,50% ao ano no final de 2012.
"É quase uma certeza de todos que a Selic caia hoje. É possível ter mais uma queda adicional, quem sabe até outro", disse. Atualmente, a taxa está em 8,50% ao ano e a expectativa maciça do mercado é a de que o BC leve os juros para 8% ao ano nesta quarta-feira.
O economista ressaltou que o cenário externo adverso tem aspecto favorável no que diz respeito ao controle da inflação. "Com ambiente inflacionário mais amigável, a expectativa é de que se siga a queda da taxa de juros, para pelo menos dois cortes de meio (ponto porcentual). Se o ambiente se mostrar mais adverso, pode haver uma queda adicional", considerou.
Castelo Branco lembrou que, com a retirada da trava de caderneta de poupança, a política monetária está mais livre para promover quedas adicionais. "O problema é essas quedas chegarem à economia como um todo em um cenário de aumento de inadimplência", ressaltou.
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