Presidente da CNT, Vander Costa (CNT/Divulgação)
Diante da alta de quase 25% nos preços do diesel vendido nas refinarias, a CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou comunicado em que defende a necessidade da recomposição imediata do preço do frete rodoviário. Os novos valores, anunciados pela Petrobras na quinta-feira (10), começaram a ser praticados na sexta-feira em todo o país.
“A Confederação entende que tal medida se justifica para evitar o colapso de inúmeras empresas transportadoras, que, antes mesmo desse novo reajuste, já vinham negociando com os seus clientes o repasse dos quase 50% de aumento no diesel registrado em 2021. Caso não haja o repasse imediato, a operação de transporte no Brasil corre o risco de se tornar inviável”, afirma o presidente da CNT, Vander Costa, no comunicado.
Costa diz que, “sem questionar a legitimidade da Petrobras em definir sua política de preços, a CNT alerta que a trajetória ascendente dos valores cobrados pelo insumo afeta diretamente a atividade transportadora, seja a do segmento de cargas ou o de passageiros, que já trabalham com margens muito reduzidas de lucro. Além disso, os sucessivos reajustes do preço cobrado em bomba devem ser repassados ao consumidor final”.
O comunicado finaliza afirmando que o setor não tem como absorver o novo aumento. “É claro que nos preocupamos com a população e com as consequências que o repasse desse aumento trará na vida das pessoas. Estamos atentos e muito preocupados com toda essa situação, mas o setor, infelizmente, não tem mais quaisquer condições de segurar esse aumento, que deve ser repassado imediatamente no valor frete. Do contrário, colocaremos em risco a própria sobrevivência de muitas empresas de transporte, que são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil”, afirma.
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