Boas vendas

Comércio em Minas Gerais avança 2,3% em agosto, resultado melhor que o nacional

Da Redação
Publicado em 07/10/2022 às 15:57.

Setor de vestuário foi um dos mais impactados negativamente em agosto (Frederico Haikal/Arquivo Hoje em Dia)

As vendas do comércio varejista em Minas Gerais têm se destacado em relação ao cenário nacional. Em agosto, segundo pesquisa IBGE divulgada nesta sexta-feira (7), o volume comercializado aumentou 2,3% no Estado em comparação com o resultado de julho. Enquanto isso, o país apresentou queda de 0,1% no período. 

Com esse resultado, o setor mineiro totaliza uma alta de 7,6% nas vendas neste ano (janeiro a agosto), contra 3,1% no país. São cinco  taxas positivas e três negativas, o que gera o balanço favorável para o comério mineiro.

Em Minas, destaque para as vendas dos grupos combustíveis e lubrificantes, com alta de 34,4%; artigos farmacêuticos, médicos, perfumaria e cosmética, com elevação de 23% nas vendas; e livros, jornais e revistas, 20,4%.

Os grupos com resultados negativos são tecido, vestuário e calçado, com queda de 10,6% nas vendas e hipermercado/supermercado, com retração de 1,3% em agosto em relação a julho deste ano.

No país
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE mostrou que o desempenho no país não tem sido animador. Apesar de o índice de -0,1% registrado em agosto ser considerado como estabilidade, este é o terceiro mês consecutivo de taxa negativa, período em o setor acumulou perda de 2,5%.

Na comparação com agosto de 2021, houve crescimento de 1,6% e, nos últimos 12 meses, queda de 1,4%. No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em agosto caiu 0,6% frente a julho e 0,7% contra agosto de 2021.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o resultado de agosto posiciona o comércio no menor patamar do ano de 2022. Ainda em termos de patamar, o volume de vendas do comércio se encontra 1,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 5,2% abaixo do ponto mais alto da série, em outubro de 2020.

“A trajetória da PMC depois da pandemia ainda é bem volátil”, explica. No resultado de agosto contra julho, cinco das oito atividades pesquisadas estavam no campo positivo: Tecidos, vestuário e calçados (13,0%); Combustíveis e lubrificantes (3,6%); Livros, jornais, revistas e papelaria (2,1%); Móveis e eletrodomésticos (1%); e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,2%). 

Já as atividades com variações no campo negativo foram Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,2%); e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,3%).

“Ficou muito clara a participação da atividade de Hiper e supermercados como fator âncora, segurando a variação muito próxima ao zero. A atividade pesa cerca de 50% no índice global. Artigos farmacêuticos, com -0,3%, também contribuiu em termos de peso para essa ancoragem”, explica o pesquisador.

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